quarta-feira, dezembro 17, 2008

Livro do IG esclarece dúvidas sobre conceitos e emprego do termo restinga

A versão para a “web” do livro “Restinga - Conceitos e Empregos do Termo no Brasil e Implicações na Legislação Ambiental” já se encontra disponível para consulta e “download” no site http://www.igeologico.sp.gov.br/ps_down_outros.asp, do Instituto Geológico – IG, órgão da Secretaria do Meio Ambiente do Estado – SMA.
A publicação, que faz parte das atividades do Ano Internacional do Planeta Terra (AIPT), deverá ter sua versão impressa lançada em 2009.Com textos dos pesquisadores Célia R. G. Souza, Silvio T. Hiruma, Alethéa E. M. Sallun, Rogério R. Ribeiro e José M. Azevedo Sobrinho, o livro trata das dificuldades de aplicação das normas vigentes e das divergências técnicas em relação às restingas. Por causa dessas dúvidas, a SMA solicitou aos técnicos do IG uma análise crítica sobre a legislação existente e a proposição de mecanismos adequados para a efetiva proteção desse ambiente e dos demais a ele correlacionados.
No Brasil, o termo restinga apresenta vários significados, tendo sido utilizado de diversas maneiras por geólogos, geomorfólogos, geógrafos, biólogos, ecólogos, engenheiros e juristas. Essa polissemia que a palavra parece ter assumido ao longo do tempo tem gerado muitas discussões e controvérsias nos meios acadêmicos, além de causar problemas na aplicação da legislação ambiental vigente nas áreas costeiras onde o termo é adotado.
O livro faz uma revisão dos conceitos e dos diferentes empregos do termo restinga no país e, em especial, no Estado de São Paulo. Com essa finalidade, os autores fazem um resgate histórico da definição original do termo (conceito geológico-geomorfológico), da sua utilização em outras disciplinas das ciências ambientais (conceitos botânico e ecológico) e das modificações que o mesmo foi sofrendo ao longo do tempo, até ser incorporado na Legislação Ambiental Brasileira.
A partir desse resgate e dos conhecimentos sobre os ambientes sedimentares costeiros no litoral paulista e as vegetações a eles associadas, são revistos alguns conceitos que suscitaram reflexões a respeito do emprego do termo restinga na legislação analisada.

segunda-feira, dezembro 15, 2008

A QUESTÃO DO DIESEL E SEUS EFEITOS PARA A SAÚDE PÚBLICA

REALIZAÇÃO: UMC e APRODAB
DATA: 16 DE DEZEMBRO DE 2008 (terça-feira)
HORÁRIO: 19:00 ÀS 22:00
LOCAL: UMC - CAMPUS VILLA LOBOS - Auditório
Av. Imperatriz Leopoldina, 550, Lapa

PROGRAMA:
19:00h - ABERTURA DO EVENTO COM A PRÓ REITORA DA UMC E VEREADORES GILBERTO NATALINI E SONINHA

19:30h - INÍCIO DOS DEBATES - COMPOSIÇÃO DE MESA:
DRA. ANA CRISTINA BANDEIRA LINS - Procuradora da República
PROF. DR. PAULO SALDIVA - Faculdade de Medicina da USP
DR. JOSÉ LUTTI - Promotor de Justiça do Meio Ambiente
DR. VOLF STEINBAUM - Secretaria do Verde e do Meio Ambiente
SR. FREDERICO KREMER - Representante da Petrobrás
REPRESENTANTE DA ANFAVEA (a ser indicado)
REPRESENTANTE DA SOCIEDADE CIVIL(a ser indicado)

21:30h - ABERTURA DO DEBATE PARA OS ALUNOS

22:00h - ENCERRAMENTO

*** Para comparecer, é preciso se inscrever através do e-mail fkatinskas@umc.br colocando INSCRIÇÃO/DIESEL no campo Assunto.

sábado, dezembro 13, 2008

Novo curso de Pós-Graduação no UNIFIEO

O Centro Universitário FIEO - UNIFIEO juntamente com o Departamento de Geografia da instituição, lançaram recentemente o seu mais novo curso de Pós-Graduação Lato-Sensu na área de Planejamento Urbano e Regional: Gestão de Cidades e Planejamento Urbano e Regional.

Os objetivos do curso são capacitar profissionais da área das Ciências Humanas e Ciências Sociais Aplicadas para atuar nas áreas de planejamento urbano e gestão de cidades, por meio de aprofundamento teórico sobre os processos de produção do espaço urbano e aspectos de suas administrações e também por meio da aprendizagem de recursos técnicos relacionados à cartografia temática aplicada a essa área, visando à melhora e manutenção do bem público e da qualidade de vida urbana. Atualização dos conhecimentos técnicos voltados ao gerenciamento das cidades e ao planejamento urbano e regional e aprofundar e atualizar os debates sobre teorias específicas da cidade e do planejamento por meio de realização de pesquisa em nível de monografia.

Já o público-alvo é formado por profissionais graduados em Geografia, História, Direito Arquitetura, Urbanismo, Engenharia (Civil, Agronômica, Florestal, Química), Geologia, Biologia, Administração, Economia, Sociologia e outros de diversas formações que exercem ou pretendem exercer atividades relacionadas ao Planejamento e Gestão do Urbano, seja no setor público, privado ou ONG’s. Os profissionais que atuam nas secretarias municipais da região são potencialmente os primeiros interessados e os objetivos do curso permitem atender a essa grande demanda que precisa de especialização.

O curso possui uma carga horária total de 360 horas, duração de 12 meses e as aulas acontecerão no Campus Vila Yara às segundas, quartas e sextas-feiras das 19:30h às 23h. Em relação ao quadro de professores, vale destacar que mais de 60% são doutores e os demais mestres.

Para maiores informações acerca do curso acesse: http://www.fieo.br/ > link Pós-Graduação

A Annablume e a Livraria Martins Fontes/Paulista convidam para o lançamento do livro

De invisíveis a protagonistas
populações tradicionais e unidades de conservação
de
Lucila Pinsard Vianna

Dia 16 de dezembro de 2008, terça-feira, a partir das 18:30hs
Livraria Martins Fontes/Paulista
Avenida Paulista, 509 - Estação Brigadeiro
São Paulo - SP / (11) 2167-9900 / (estacionamento: Rua Manoel da Nóbrega, 95)
Formato 16x23cm, 340 páginas, R$ 48,00

A Coordenação do curso de Geografia do UNIFIEO e a Coordenação do Projeto Osasco-Cabo Verde do Programa de Cooperação em Ciências Sociais para a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), executado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT),

CONVIDAM PARA A PALESTRA

A diáspora caboverdiana e a idéia de Nação

ministrada pela Profa. Iolanda Maria Alves Évora, pesquisadora do Centro de Estudos sobre África e Desenvolvimento (CEsA) e da Universidade Autônoma de Lisboa.
Dia 15/12, segunda feira, as 8:00h
Local: UNIFIEO, Av Franz Voegeli, 300, Osasco
Anfiteatro amarelo
Entrada Gratuita e sem necessidade de inscrição prévia
Maiores informações no telefone: 11-36519999

sábado, novembro 29, 2008

Mesa-Redonda

A crise financeira, as perspectivas do novo governo americano e a configuração mundial do poder entram em pauta nesta mesa-redonda. Dividem os holofotes o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, os ex-ministros Rubens Ricupero e Celso Lafer, o diplomata Gelson Fonseca Jr. e o economista Gilberto Dupas.
Teatro Eva Herz - Livraria Cultura do Conjunto Nacional
Avenida Paulista, 2073, Metrô Consolação
São 166 lugares.
Grátis. Ingressos distribuídos meia hora antes.
Quarta-feira, 03 de dezembro, das 19h às 20h30.

sexta-feira, novembro 21, 2008

8° Simpósio Nacional de Controle de Erosão

A ABGE - Associação Brasileira de Geologia de Engenharia e Ambiental está promovendo o 8° Simpósio Nacional de Controle de Erosão, entre os dias 29 de março e 02 de abril de 2009 na cidade de São Paulo.
Esta edição terá como tema central a "Gestão para prevenção e controle de processos erosivos". O Simpósio pretende reunir profissionais de várias áreas do conhecimento para analisar e discutir as diversas e recentes experiências, indicar os principais desafios a serem vencidos e fornecer diretrizes e estratégias de políticas públicas para o controle e prevenção desses processos.
A 8ª edição do Simpósio busca ampliar os temas, envolvendo, além dos processos erosivos em áreas urbanas e rurais, a discussão em ambientes fluviais e costeiros e o grave problema do assoreamento. Um dos objetivos consiste em discutir, com os mais distintos atores (profissionais de instituições públicas, universidades e empresas privadas) projetos e pesquisas em diagnóstico, prevenção e recuperação dos processos erosivos.
Planeja-se reservar um dia para debater sobre a situação dos processos erosivos em cada estado do território brasileiro. O compromisso da comissão, após o evento, será buscar auxílios visando viabilizar a publicação de um livro sobre o diagnóstico dos processos erosivos no Brasil agregando os melhores trabalhos apresentados no evento.
A expectativa da Comissão Organizadora é receber contribuições de excelente nível técnico e que contemplem os temas propostos, os quais são de grande atualidade e relevância. Conclamamos a participação de todos, congregando a interdisciplinaridade das áreas e dos profissionais que atuam direta e indiretamente com esta temática.
Para mais informações, acesse:http://www.acquacon.com.br/8snce/

CPTEC disponibiliza vídeos educativos para download

O CPTEC disponibilizou em seu site os vídeos educacionais para seus usuários. A utilização é livre, não necessitando de compra ou licença de uso. Os diversos materiais educacionais, desenvolvidos pelo CPTEC / INPE, tiveram apoio financeiro de diversas instituições como: FAPESP - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, VITAE - Apoio à Cultura, Educação e Promoção Social, AEB - Agência Espacial Brasileira pelo projeto AEB Escola e do próprio INPE.
Os conteúdos desenvolvidos nos diversos projetos, além de ser um material didático auxiliar, tiveram como objetivo motivar alunos à pesquisa e busca de novos conhecimentos envolvendo o meio ambiente e as ciências atmosféricas através do uso da Internet e de Multimídia.
Os temas abordados foram tratados com um contexto multidisciplinar permitindo que professores de diversas disciplinas utilizem em seus cursos. Diversos Institutos de Educação e Pesquisa já utilizam o conjunto de CDs desenvolvidos. A assimilação de todo o conteúdo didático é rápida e por se tratar de uma nova forma de apresentação também motiva professores a utilizar melhor os recursos computacionais de suas instituições na preparação do material de suas aulas, palestras, eventos internos e abertos.
Na página dos Vídeos Educacionais você poderá conhecer todo o conteúdo didático desenvolvido, ter acesso a testes, questionário, experiências para serem trabalhadas fora da sala de aula, dicas de pesquisa para serem feitas na Internet, sugestões de trabalhos com dados reais de estações meteorológicas distribuídas por todo o Brasil, além dos links para download.
Algumas sugestões de desenvolvimento de projetos por alunos também são apresentadas, considerando o conteúdo de algumas das aulas.

domingo, novembro 16, 2008

O custo do desequilíbrio

Se o processo de mudanças climáticas não for interrompido, o mundo pagará um custo maior que o das duas guerras mundiais. A omissão representará, em 2080, mais 600 milhões de pessoas mal nutridas, mais de 400 milhões expostas à malária e mais de 1,8 bilhão vivendo sem água suficiente. A advertência foi feita pelo economista Nicholas Stern, conselheiro do governo britânico, em seminário promovido em Brasília pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).

quinta-feira, novembro 13, 2008

Outra Amazônia - Laboratório das Biocivilizações do Futuro

Debate com Ignacy Sachs - Professor Honorário da École de Hautes Etudes em Sciences Sociales / Centro de Pesquisas do Brasil Contemporâneo

e a presença dos debatedores

Ladislau Dowbor - Economista / PUC-SP
Gilmar Mauro - MST (Movimento dos trabalhadores rurais Sem Terra)
Guilherme Leal - Natura
Ricardo Jung - Instituto Ethos
Marcelo Furtado - Greenpeace

O evento será realizado no TUCA/PUC - SP
Rua Monte Alegre, 1024, Perdizes, São Paulo - SP
Entrada Gratuita - Retirada de ingressos na bilheteria. Sujeito à capacidade do local

quinta-feira, novembro 06, 2008

Pós em Geografia da UFPE realiza 7ª semana de atividades acadêmicas

O Programa de Pós-Graduação em Geografia da UFPE realiza, de 10 a 12 deste mês, a 7ª semana de atividades acadêmicas intitulada "A Terra e o Homem no Nordeste no Período Histórico Atual", quando prestará homenagem póstuma ao professor emérito Manoel Correia de Andrade.
Serão apresentados os trabalhos de pesquisa desenvolvidos pelos mestrandos e doutorandos, além de duas palestras com os professores Robert W. Morrill (Virginia Polytechnic Institute and State University - Virginia Tech) e Susan L. Woodward (Redford University). Morrill abordará "O status da educação geográfica nos Estados Unidos da América" e a professora falará sobre "Zonação altitudinal da vegetação nas Américas: padrões e paradigmas da zona temperada versus zona tropical". As apresentações ocorrerão no auditório do Departamento de Ciências Geográficas, 5º andar do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH).
Fonte: UFPE

terça-feira, novembro 04, 2008

Seminário discute cidades de maneira interdisciplinar

O Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de São José do Rio Preto (IHGG) realizará o 1º Seminário de Estudos Locais e Regionais.

O evento, que ocorrerá no dia 22 de novembro, no interior paulista, terá “Cidades em debate: os estudos urbanos numa perspectiva interdisciplinar” como tema central. Na ocasião serão realizadas mesas-redondas e apresentados estudos científicos interdisciplinares produzidos por profissionais de diversas formações acadêmicas e instituições universitárias, com destaque para pesquisas sobre a cidade e o ambiente urbano numa perspectiva local e regional.

A data final para as inscrições é 20 de novembro.Mais informações www.ihgg.org.br/seminarios.htm.

sábado, outubro 25, 2008

Palestra debate os efeitos da poluição em corredores

Dia 30 de outubro, às 20h, Ibsen Wilde Dalla Déa Junior fará a palestra “Efeito da poluição do ar em corredores no Ibirapuera” com base em sua dissertação de mestrado. O estudo avaliou a freqüência cardíaca, a pressão arterial e a capacidade pulmonar dos participantes da pesquisa antes e depois da atividade física para verificar os efeitos da poluição atmosférica no Parque Ibirapuera, em São Paulo.
O encontro será na sede da Fundação SOS Mata Atlântica, à Rua Manoel da Nóbrega, 456, Paraíso, São Paulo. Para participar, não é necessário se inscrever antecipadamente, basta comparecer no local.
Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (11) 3055-7888 ou pelo email agenda@sosma.org.br

quinta-feira, outubro 23, 2008

Tópico Informativo: como colocar powerpoint no Blog

Pessoal! Tem muita gente com dúvidas de como colocar powerpoint e pdf online (para baixar) então aqui vão as dicas!

1) cadastre-se no divshare: www.divshare.com.br

2) no próprio portal (após ter feito o devido cadastro) você vai ter as opções de compartilhamento (share em inglês quer dizer compartilhar. Esta palavra dá o link para as formas de compartilhamento).

Você pode colocar o powerpoint online (para ser acessado somente através do portal) como no exemplo abaixo:



Nesta opção você apenas copia (control+c) os códigos e cola no Blog. Simples! E neste outra você coloca o link:

Baixar powerpoint: empreendedorismo transformando idéias em negócios

Para baixar pdf: estudo sobre empreendedorismo no Brasil

Com o código fornecido pelo portal divshare você vem no blog e utiliza a tecla "link" (esta na borda de cima do lado da tecla negrito ou itálico no editor de texto do blog).

Uma outra alternativa que tem somente a opção para baixar (e não ficar online) é o site: www.wikiupload.com

O procedimento é similar, mas este tem a opção de não se fazer cadastro. Por exemplo, você pode baixar o powerpoint da palestra sobre o meu PIBIC (poderia ser o mesmo processo para pdf) direto: baixar powerpoint PIBIC Ubiratan


Qualquer dúvida é só perguntar aqui (ou na faculdade) que eu esclareço mais!

Abraços!

Ubiratan




quarta-feira, outubro 22, 2008

O Trabalho de Campo em Geografia - O Caso da Geologia

O trabalho de campo em Geografia com vistas para o processo geológico ao qual o planeta Terra atravessou tem um valor extraordinário e um significado especial, segundo a análise do fenômeno a ser estudado, seja ele econômico, político ou ecológico. A Geologia, além de ser uma ciência que busca compreender os processos de evolução do sistema físico do planeta, mais especificamente das rochas - e dos processos ao qual elas atravessam (já que há o ciclo das rochas), também evidência como o fator científico que a ciência possui contribuiu para a criação de um novo conceito de tempo da Terra, dos significados das diferentes formações rochosas, de sua interação com os outros sistemas geossistêmicos, do valor humano, quanto aos diferentes tipos de atribuções ao uso das rochas quer seja na técnica, na ciência, na religião, nos valores afetivos, etc,...e também de como a atual configuração fisica do planeta influem nos processos referentes à sociedade. Afinal, a exploração dos recursos minerais é uma atividade econômica presente na humanidade já de longa data (do uso dos recursos à noção de domínio espacial, morfológico, político e social).
Compreender um processo requer compreender desde sua origem; a sua construção epistemológica, seu edificio teórico, seu valor intectual e sua presença no cotidiano, é ter olhar crítico, não ao senso comum, mas para construir uma idéia à partir da(s) ciencia(s) que se estuda(m) o(s) fenômeno(s) e que neste caso contempla(m) a Geogafia e a Geologia.

terça-feira, outubro 21, 2008

Curso de extensão GEOPROCESSAMENTO UTILIZANDO O SPRING, no UNIFIEO

O Centro Universitário FIEO - UNIFIEO está oferecendo o curso de extensão - também aberto para toda a comunidade - GEOPROCESSAMENTO UTILIZANDO O SPRING. Para realizar a sua inscrição bem como obter maiores informações a respeito, acesse o site www.fieo.br, link Extensão e em seguida clique em "Cursos para Comunidade".

Duração: 9 horas
Início Curso: 06/11/2008
Final Curso: 25/11/2008
Aulas: Terças e Quintas-feiras, das 11h às 12h
Professora: Dra. Diana Sarita Hamburger
Investimento: R$ 45.00
Mínimo de alunos: 10
Inscrição até: 24/10/2008

terça-feira, outubro 14, 2008

3ª Mostra de Cinema de Osasco

Começa nesta terça-feira (14/10) a terceira edição da Mostra de Cinema Brasileiro de Osasco, com a exibição de longas recentes, como o premiado Estômago, de Marcos Jorge, e Encarnação do Demônio, de José Mojica Marins - o Zé do Caixão.A cerimônia de abertura do evento será conduzida pelo crítico Rubens Ewald Filho e o filme Chega de Saudade, de Laís Bodanzky (Bicho de Sete Cabeças), será exibido. O evento ocorre entre os dias 14 e 19 de outubro.Confira a programação do evento em http://mundogeofieo.blogspot.com.

segunda-feira, outubro 13, 2008

Imposto segura o vento no Brasil

Os impostos sobre equipamentos e operação são os principais obstáculos para o desenvolvimento da energia eólica no Brasil. Com ventos e terrenos em abundância, sobretudo no litoral do Nordeste e Sul e na Chapada Diamantina, o potencial eólico estimado é de 143 mil MW, o que representa mais que toda a energia eólica gerada no mundo até hoje. Mas, mesmo com a elevada capacidade de geração, o Brasil tem um dos índices mais tímidos de aproveitamento desse tipo de energia, segundo o Global Wind Energy Council (GWEC), grupo que reúne instituições do setor.

quinta-feira, outubro 09, 2008

Proposta inclui Cerrado e Caatinga entre biomas considerados patrimônio nacional

Aguarda votação no Plenário do Senado Federal a proposta de emenda à Constituição (PEC 53/01) de autoria do senador Demóstenes Torres (DEM-GO) que inclui o Cerrado e a Caatinga entre os biomas considerados patrimônio nacional. A proposta altera a redação do artigo 225 da Constituição, o qual estabelece que é dever do poder público e dos cidadãos defender e preservar esses biomas.
O dispositivo considera patrimônio nacional a Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica (região litorânea do país), a Serra do Mar (litoral leste-sul brasileiro), o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira (transição entre regiões continental e marítima).
Bioma é um conjunto de vida vegetal e animal constituído pelo agrupamento de tipos de vegetação adjacentes e identificáveis em escala regional, com condições geoclimáticas similares e história compartilhada de mudanças, o que resulta em uma diversidade biológica própria.
Na justificação, Demóstenes argumenta que a ocupação desses biomas deve ocorrer de modo a garantir a preservação do meio ambiente, coibindo práticas predatórias na exploração dos recursos naturais.
O senador explica que a inclusão do Cerrado como patrimônio nacional deve-se ao fato de este ocupar cerca de um quarto do território do país, e, principalmente, de englobar ampla biodiversidade. Quanto à Caatinga, ele observa que esse bioma pode ter sido o mais severamente devastado pela ação humana, resultando em esgotamento de grande parte do solo e em processos erosivos e de sanilização.
Fonte: Jornal do Senado, Brasília, 29 de setembro a 5 de outubro de 2008, página 2.

terça-feira, outubro 07, 2008

Desvendando um pouco sobre cartografia

Um dos fatos históricos mais relevantes para a Cartografia foi o cálculo da circunferência da Terra, feito por Eratóstenes no século III AC. Por isso, Eratóstenes é conhecido como o pai da Geodésia.

A Circunferência da Terra

Eratóstenes (276 AC) nascido em Cyrene (atual Líbia) foi um escritor, cientista, astrônomo e poeta grego e também o primeiro homem a ter calculado a circunferência da Terra.

Eratóstenes é considerado um dos patronos da geodésia porque ele foi o primeiro a descrever e aplicar uma técnica científica de medida para determinar o tamanho da Terra. Ele usou um princípio simples para calcular o tamanho de um grande círculo terrestre (círculo que atravessa o Pólo Norte e Sul).

Sabendo o comprimento de um arco (l) e o tamanho do ângulo central correspondente (alfa), é possível obter o raio da esfera da simples proporção entre o comprimento do arco e o tamanho do grande círculo (ou circunferência, 2.pi.R no qual R é o raio da Terra) igualado à proporção entre o ângulo central e o ângulo da circunferência inteira (360°)

Para determinar o ângulo central alfa, Eratóstenes escolheu a cidade de Siene (atual Aswan) porque o Sol no solstício de verão iluminava o fundo de um poço exatamente ao meio dia, ou seja, neste dia e neste horário o sol estava na vertical sobre este lugar.

Ele assumiu que todos os raios de sol que chegam à Terra são paralelos e observou que os raios de sol em Alexandria no mesmo tempo (solstício de verão ao meio dia) não eram verticais, mas sim inclinados de um determinado ângulo que valia 1/50 de uma volta completa da Terra.

Usando dados obtidos por agrimensores da época, ele calculou a distância (l) entre Alexandria e Siene como sendo 5.000 stadia. Usando a equação acima, Eratóstenes obteve para o comprimento de um grande círculo, 50 x 5.000 = 250.000 stadia. Usando um valor contemporâneo para o stadium (1 stadium = 185 m), chega-se ao valor de 46.250.000 m.
ESQUEMA GRÁFICO MOSTRANDO A TÉCNICA EMPREGADA POR
ERATÓSTENES PARA CALCULAR A CIRCUNFERÉNCIA DA TERRA

O resultado é aproximadamente 15% maior em comparação com as medidas modernas, mas o resultado dele foi extremamente bom considerando as suposições e o equipamento com que as observações foram feitas.
fonte: www.esteio.com.br

quarta-feira, outubro 01, 2008

ESCOLHA UM LOGO PARA O ATELIÊ DE CARTOGRAFIA

Até o dia 10 de outubro você (alunos, ex-alunos e professores do curso de Geografia) poderá participar da escolha da logomarca do Ateliê de Cartografia mandando um e-mail para ateliecartografia@gmail.com ou no próprio ateliê de segunda à sexta, das 8 horas às 12 horas (procurar Ana Helena). Você poderá escolher três entre as dezesseis logomarcas criadas pelos alunos do curso de Design Digital do UNIFIEO. Veja a seguir as logomarcas concorrentes. Com um "clique" sobre a imagem ela ampliará e você poderá ver o nome do grupo autor da logomarca para quem o voto deverá ser atribuído no e-mail.









































































segunda-feira, setembro 29, 2008

Desmatamento na Amazônia cresce 134% em agosto

O desmatamento na Amazônia em agosto foi 134% maior que em julho, de acordo com os números do Sistema de Detecção em Tempo Real (Deter) divulgados hoje (29) pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Em agosto, os alertas registraram 756 quilômetros quadrados de novas áreas desmatadas, em comparação com os 323 quilômetros quadrados detectados no mês anterior.
Se comparado com o mesmo período de 2007, quando o Inpe registrou 230 quilômetros quadrados no mês de agosto, o crescimento chega a 228%.
Pelo terceiro mês consecutivo, o Pará foi indicado como o estado com maior devastação. Em agosto, o Inpe registrou 435,27 quilômetros quadrados de desmatamento no estado, 57% do total. Mato Grosso aparece em seguida, com 229,17 quilômetros quadrados de novos desmates, seguido por Rondônia, com 29,21 quilômetros quadrados.
Cálculo do Deter considera as áreas que sofreram corte raso (desmatamento completo) e as que estão em degradação progressiva.
A cobertura de nuvens sobre os estados da Amazônia Legal no período impediu a visualização de 26% da área, principalmente nos estados do Amapá e de Roraima, que “não puderam ser monitorados adequadamente”, de acordo com relatório do Inpe.
O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, comentará os dados hoje à tarde e divulgará a lista dos cem maiores desmatadores da Amazônia.
A taxa anual de desmatamento, medida pelo Programa de Cálculo do Desflorestamento da Amazônia (Prodes) deve ser divulgada até o fim do semestre. O número é calculado com base no acumulado de novos desmatamentos verificados pelo Deter entre agosto de 2007 e julho de 2008. No período, o desmate chegou a 8,1 mil quilômetros quadrados, 64% maior que nos 12 meses anteriores.
Fonte: Agência Brasil

quarta-feira, setembro 24, 2008

Programe-se com o calendário de palestras na sede da SOS Mata Atlântica

2 de outubro - Agenda 21, com Nina Orlow

16 de outubro - A cidade e o Código Florestal, com Marcio Ackermann, geógrafo, mestre pelo IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), técnico agrícola

Todas as palestras são gratuitas e abertas ao público. Para participar basta com parecer às 20h, na sede da Fundação SOS Mata Atlântica, localizada na Rua Manoel da Nobrega, 456, Paraíso São Paulo/SP.

domingo, setembro 21, 2008

Ciclo de Palestra de Geociências 2008

Secretaria de Estado do Meio Ambiente
convida para o Ciclo de Palestra de Geociências 2008
“Recursos Minerais”
Proferida pelo Professor Dr. Hélio Shimada

28 de Setembro de 2008
14h00
Museu Geológico Valdemar Lefèvre - MUGEO
Av. Francisco Matarazzo, 455
Parque da Água Branca - Perdizes
São Paulo - SP
Informações:
MUGEO
Fone: 11 3673-6797/6358

quinta-feira, setembro 18, 2008

Mais de 900 milhões de pessoas passam fome no mundo, diz ONU

O número de pessoas com fome no mundo subiu de 850 milhões para 925 milhões em 2007, por causa da disparada dos preços dos alimentos, anunciou nesta quarta-feira em Roma o diretor da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), Jacques Diouf.
"O número de pessoas subnutridas antes da alta dos preços de 2007-2008 era de 850 milhões. Este número aumentou durante 2007 em 75 milhões, alcançando os 925 milhões", declarou Diouf em audiência nas Comissões das Relações Exteriores e de Agricultura do Parlamento italiano.
O índice FAO dos preços dos alimentos teve aumento de 12% em 2006 em relação ao ano anterior, de 24%, em 2007, e de 50%, durante os sete primeiros meses deste ano, acrescentou Diuf.
"É preciso investir US$ 30 bilhões por ano para duplicar a produção de alimentos e acabar com a fome", acrescentou. Diouf afirmou que "o desafio é de grandes proporções e é necessário dar de comer a 9 bilhões de pessoas em 2050".
Segundo ele, este valor é "bastante modesto" se comparado às somas desembolsadas pelos países membros da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico) em incentivo à agricultura (US$ 376 bilhões) ou aos gastos com armamento (US$ 1,2 trilhão), em 2006.
O diretor-geral da FAO reiterou que as previsões indicam que, mesmo que a produção de cereais no mundo melhore, os preços se manterão estáveis nos próximos anos e a crise dos alimentos se prolongará nos países pobres.
Metas contra a fome
Os países membros da FAO se comprometeram durante uma cúpula no início de junho em Roma a reduzir pela metade o número de pessoas que sofrem de fome até 2015, apesar da crise de alimentos, segundo a declaração final desta reunião.
Este texto, obtido após árduas negociações, reitera as conclusões das cúpulas sobre alimentação de 1996 e 2002: "Alcançar a segurança alimentar" e "reduzir à metade o número de pessoas subnutridas até 2015, no máximo".
Em Roma, Diuf considerou que, com as tendências observadas hoje, "esta meta seria alcançada em 2150 em vez de 2015". Na cúpula de Roma, os doadores se comprometeram a conceder mais de US$ 6,5 bilhões para a luta contra a fome e a pobreza.
Miséria
Em julho, no ápice da crise alimentar no mundo com o início da escalada dos preços dos alimentos, a ONU e o Banco Mundial haviam alertado contra o avanço da miséria. A alta dos preços dos alimentos ameaça reverter todos os avanços globais com desenvolvimento e levar 100 milhões de pessoas em todo o mundo para baixo da linha de pobreza, advertiram no secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), Ban Ki-Moon, e o presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick.
A declaração de ambos foi feita na ilha de Hokkaido, no Japão, onde aconteceu a reunião de cúpula anual do G8 (grupo dos sete países mais industrializados do mundo mais a Rússia).
Na ocasião, Ban e Zoellick cobraram dos países do G8 uma ação urgente para combater a atual crise e para prevenir futuras altas nos preços dos alimentos.
Segundo o secretário-geral da ONU, o mundo enfrenta três crises simultâneas e interligadas - dos alimentos, do clima e de desenvolvimento --para as quais são necessárias soluções integradas. "Nossos esforços até agora têm sido muito divididos e esporádicos. Agora é a hora de termos um enfoque diferente", afirmou Ban. "A ONU está pronta para ajudar com todos esses desafios globais", disse. Segundo ele, "todo dólar investido hoje equivale a dez amanhã ou cem no dia seguinte".
Fonte: Folha Online, Mundo, 17/09/2008

quarta-feira, setembro 17, 2008

Gelo marinho ártico é o 2º menor da história

Circunavegar o pólo tornou-se possível pela 1ª vez Agora é oficial: o gelo marinho no Ártico atingiu em 2008 sua segunda menor extensão já registrada: 4,52 milhões de quilômetros quadrados. Embora seja 9,4% maior que o recorde de degelo de todos os tempos, batido em 2007, essa extensão sinaliza uma forte tendência de declínio, o que pode significar um pólo Norte sem gelo no verão num futuro próximo.
A estação de degelo foi considerada encerrada ontem pelo NSICD (Centro Nacional de Dados de Gelo e Neve) dos Estados Unidos, que monitora o estado da banquisa. A partir da segunda quinzena de setembro, quando começa o outono no hemisfério Norte, o gelo marinho começa a se recongelar.
Apesar de afastado o temor de um novo recorde, a extensão da banquisa ficou 33% abaixo da média observada desde 1979, quando começaram as medições com satélites.E, neste ano, tornou-se possível pela primeira vez circunavegar o Ártico. Tanto a Passagem Noroeste (entre a Europa e a Ásia via Canadá) quanto a Rota Marítima Norte (pela costa siberiana) se abriram."Não estamos num mínimo como o do ano passado, mas estamos abaixo de qualquer coisa que tivemos no passado", disse Walt Meier, do NSIDC.
O gelo ártico é um fator de regulação do clima global. A diferença entre o ar frio dos pólos e o ar quente no Equador põe em marcha as correntes marinhas e os ventos. O gelo marinho ajuda a manter o frio no pólo Norte, porque rebate a radiação solar de volta para o espaço. Quando a banquisa derrete, a água escura absorve radiação, aumentando mais o calor.
O degelo de 2008, para Meier, é de certa forma mais grave que o de 2007, porque 2008 foi mais frio no norte. "Em termos de clima no longo prazo, isto não é uma recuperação de forma alguma", ele disse. "A tendência de longo prazo é ladeira abaixo, e ela está ficando mais íngreme."Os cientistas atribuem o degelo ao aquecimento global. "Isso é uma indicação de que não se trata de nenhum ciclo temporário. É mais uma indicação de que estamos chegando ao ponto em que teremos o gelo marinho completamente derretido, nas próximas décadas ou talvez antes."
Folha de São Paulo, 17/9

sábado, setembro 13, 2008

Estado de SP suspende corte de cerrado

O governo do Estado de São Paulo suspendeu, por meio de uma resolução, as autorizações para corte de cerrado por um período de 180 dias. O objetivo é resguardar o pouco que resta desse bioma até que seja aprovada uma lei que o proteja -o projeto será enviado em breve para a Assembléia.
Hoje, o Estado possui 211 mil hectares dessa vegetação -o que equivale a 0,84% do território paulista. Originalmente, o cerrado ocupava 14% da área de São Paulo, com 3,4 milhões de hectares. Hoje, a expansão da cana e os loteamentos são as maiores ameaças ao que resta dele.
Segundo o secretário estadual Xico Graziano (Meio Ambiente), no país não existe legislação específica de proteção ao cerrado.Renata Inês Ramos, diretora-geral do DEPRN (Departamento Estadual de Proteção de Recursos Naturais), explica que o projeto de lei tem diferentes especificações para área rural e urbana.
Segundo a minuta do projeto, no caso da área rural, só poderá ser autorizado corte de cerrado em estágio inicial se o proprietário tiver reserva legal regularizada no terreno (que deve ser de 20% da área). Ele também não pode ter ocupado as APPs (Áreas de Preservação Permanente) do imóvel -como topos de morro e margens de rios.
Já quando se tratar de vegetação mais desenvolvida, só poderá ser autorizado o corte para realização de obras de utilidade pública (como estradas) ou "atividades de interesse social".Em municípios com menos de 5% de cobertura vegetal, porém, mesmo para vegetação em estágio inicial valerá a determinação mais rígida. A autorização está condicionada, ainda, à compensação ambiental.
Na zona urbana, a propriedade que tiver cerrado deve garantir a manutenção de 20% de vegetação nativa. Além disso, no caso de vegetação em estágio inicial de regeneração, deverá ser mantido no mínimo 30% do fragmento de cerrado e, no caso de estágio médio, 50%.
Para Ivan de Marche, biólogo e geógrafo do Instituto Ambiental Vidágua, "qualquer medida de moratória ao cerrado paulista é bem vinda". "Mas deve servir inclusive para o próprio Estado, para que ele deixe de desmatar", disse. Ele opina que o projeto deveria ser mais restritivo inclusive para obras de interesse público.
Antes de qualquer licença ou autorização, afirma, os fragmentos de deveriam ter estudos sobre sua complexidade ambiental. "Mesmo os fragmentos pequenos, com menos de 5 hectares, apresentam uma riqueza de biodiversidade de flora e microorganismos."
Fonte: Folha Ciência, sábado, 13 de setembro de 2008

quinta-feira, setembro 11, 2008

Lançamento do livro "Geografias: terra e cultura na América Latina"

Edições Loyola lança no Memorial da América Latina, nesta terça-feira, 16 de setembro, o livro “Geografias: terra e cultura na América Latina”, de Maria Sirley dos Santos. O lançamento ocorrerá às 19h30, na Biblioteca Latino-Americana Victor Civita.
O livro faz parte da coleção "Sociedade educativa consciência e compromisso" e propõe uma leitura da Geografia em sua função social. A autora mostra a América Latina a partir do mosaico da história e da cultura de resistência às diferentes formas de dominação do continente, situando no espaço geográfico as diversas manifestações da arte, e como ela é pensada pelos artistas latino-americanos.
Maria Sirley dos Santos é graduada em geografia e pedagogia, e realizou seu curso de pós-graduação em ciências sociais na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo; foi professora da rede pública do estado de São Paulo e da Faculdade de Ciências e Letras de Bragança Paulista, onde exerceu o cargo de diretora do Departamento de Geografia.
A autora trabalha em diferentes países da América Latina como formadora de professores e na coordenação de cursos de diplomados dirigidos a docentes de algumas universidades e redes de países latino-americanos.
Serviço:“Geografias: terra e cultura na América Latina”, de Maria Sirley dos Santos
Data: 16 de setembro de 2008 (terça-feira)
Horário: às 19:30h
Memorial da América LatinaBiblioteca Latino-Americana Victor Civita
Av. Auro Soares de Moura Andrade, 664 - Metrô Barra Funda – São Paulo - SP
Tel: (11) 3823-4780

domingo, setembro 07, 2008

Em 15 anos, Brasília pode se tornar a terceira cidade mais populosa do país

A cidade de Brasília vai registrar taxas elevadas de expansão e deve se tornar, no prazo de 15 anos, a terceira maior cidade do país em termos demográficos. A projeção é feita pelo coordenador de População e Indicadores Sociais do IBGE, Luiz Antônio Pinto de Oliveira, que avaliou também que a população de metrópoles como São Paulo e Rio de Janeiro pode diminuir em até 20 anos, pois já exibem taxas de fecundidade baixas e população mais idosa. “Brasília vai continuar crescendo, tem espaço para se expandir e vai chegar daqui a 10, 15 anos a ser terceira cidade do país em termos demográficos", afirmou Oliveira.

De maneira mais abragente, Oliveira projeta que a população brasileira deixará de crescer ao final dos próximos 30 anos, quando o país deverá ter em torno de 220 milhões de pessoas. De acordo com ele, isso deve acontecer porque a taxa atual de crescimento da população está em torno de 1,2% e 1,3%, mas a taxa de fecundidade tem recuado expressivamente. “Ao final de 30 anos, a população deixará de crescer. Essa é uma expectativa que o IBGE tem para os próximos anos. A taxa de crescimento vai ficar cada vez menor, aproximando-se de um índice de estabilidade parecido com a dos anos 40 ”, avalia.

O diretor explica que quando o país alcançar 220 milhões de habitantes, a taxa de filhos por mulher vai estar por volta de 1,5, sendo que atualmente essa relação é de dois filhos por mulher. “A experiência internacional é que é muito difícil haver um crescimento após isso. Acomoda os valores culturais, econômicos e a população pára efetivamente de crescer. Mas no Brasil isso vai demorar mais de 30 anos”, complementou.

Mais populosos

Segundo o documento de divulgação do IBGE, nos últimos sete anos, o Brasil ganhou mais 14 milhões de habitantes, o que corresponde a um estado do tamanho da Bahia. Na contagem, foram visitados 30 milhões de domicílios. O Tribunal de Contas da União vai utilizar o levantamento para o cálculo das quotas referentes ao Fundo de Participação dos Municípios.

Entre as grandes regiões, segundo o IBGE, todas apresentaram expansão populacional em relação ao Censo 2000, mas não houve alterações no ranking dos mais populosos: o Sudeste ainda lidera, com 77,8 milhões, seguido pelo Nordeste (58,5 milhões); Sul (26,7 milhões), Norte (14,5 milhões); e Centro-Oeste (13,2 milhões). Há sete anos, mantida a ordem de regiões acima, os números eram, respectivamente: 72,4 milhões (Sudeste); 47,7 milhões (Nordeste); 25 milhões (Sul); 12,9 milhões (Norte); e 11,6 milhões (Centro-Oeste).

Já nos estados, o mais populoso continua a ser São Paulo, com 39,8 milhões de habitantes, seguido por Minas Gerais (19,2 milhões) e Rio de Janeiro (15,4 milhões). O menos populoso é Roraima (395,7 mil habitantes). Palmas, no Tocantins, ainda é a capital menos populosa, com 178,3 mil habitantes.

Fonte: Correio Braziliense

quinta-feira, setembro 04, 2008

DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA

Para conhecimento,
Vocês sabiam que o governo brasileiro mantém um portal, denominado CAPES,de acesso a diversos periódicos científicos nacionais e internacionais, GRATUITAMENTE?
Através desse portal, qualquer estudante universitário ou mesmo profissionais das mais diversas áreas, seja de ECONOMIA, DIREITO,PSICOLOGIA, COMPUTAÇÃO, ENGENHARIAS, ODONTOLOGIA, MEDICINA, praticamente todos os segmentos), sem qualquer custo, pode fazer pesquisas objetivando enriquecer suas monografias, mestrado, doutorado ou qualquer trabalho escolar.
Observe que, sem esse portal, você teria que pagar em dólares, cerca de $1.99 a $ 20.00 por artigo pesquisado.
INFELIZMENTE, devido a baixa procura por este site e o alto custo de sua manutenção pelo governo brasileiro, este poderá desativá-lo brevemente.
Realmente a procura é muito baixa para a amplitude a que se propõe, isto porque o mesmo não é divulgado.
A maioria dos estudantes universitários brasileiros e estudiosos desconhece a existência deste portal que é uma fonte riquíssima deconhecimento científico.
Até hoje ele foi alvo de um seleto público, quando deveria estar no dia-a-dia das faculdades brasileiras favorecendo a qualquer estudante nassuas pesquisas.
Para que o mesmo continue ativo, divulgue-o junto a seus amigos, familiares e, se for o caso, imprima uma cópia deste e-mail e envie paraas faculdades ou universidades de sua cidade.
O endereço do portal CAPES é:
www.periodicos.capes.gov.br http://www.periodicos.capes.gov.br/

quarta-feira, setembro 03, 2008

Estudo vê "urbanismo" antigo no Xingu

Um grupo de pesquisadores do Brasil e dos EUA acaba de desferir uma bordunada na idéia de que a Amazônia pré-cabralina era habitada pelos proverbiais índios pelados morando no mato. Pelados, talvez. Mas, pelo menos no alto Xingu, afirmam os cientistas, eles moravam era em cidades.
Um artigo publicado hoje no periódico "Science" sustenta que, entre os anos 1200 e 1600, a sociedade xinguana desenvolveu um tipo de urbanismo pré-histórico, comparável a algumas "pôleis" gregas.
"Falar em urbanismo tem um caráter provocador", admite o antropólogo Carlos Fausto, do Museu Nacional. Ele é um dos líderes da pesquisa, ao lado da lingüista Bruna Franchetto, da mesma instituição, e do arqueólogo americano Michael Heckenberger, da Universidade da Flórida. "Não era, claro, como a Mesopotâmia, mas existe uma sistemática, como se houvesse uma planificação", continua. "Não são aldeias perdidas na floresta."
Escavações feitas por Heckenberger com a ajuda dos índios cuicuros revelaram uma densa rede de estradas que cortavam toda a região onde hoje está o Parque Indígena do Xingu. Em pelo menos dois locais, as escavações revelaram vilas muradas de até 50 hectares (hoje, a média das aldeias xinguanas é de 6 hectares) e aldeias menores, de cerca de 10 hectares cada. Todas eram ligadas por estradas a centros cerimoniais com grandes praças.
Esses conjuntos habitacionais são descritos como aglomerados urbanos "galácticos", com aldeias que gravitavam em torno de um local que claramente era o centro político e religioso da urbe xinguana.
Desmatadores
A julgar pela quantidade de vestígios, o Xingu pré-conquista deveria ser densamente povoado. Heckenberger estima em até 100 mil o número de pessoas habitando a região. Cada vila poderia comportar até 2.500 pessoas -uma aldeia cuicuro atual tem menos de 300.
Essa população pré-histórica transformou a paisagem. O que hoje parece uma imensa floresta virgem, afirmam os pesquisadores, abrigou no passado extensas roças, pomares e tanques para a criação de tartarugas. Ou seja, as florestas são "antropogênicas" --matas secundárias que cresceram depois que epidemias dizimaram a maior parte dos índios.
"Não é como [a agricultura feita por] Blairo Maggi, mas havia um uso ativo da terra", brinca Heckenberger, em alusão ao governador de Mato Grosso, grande plantador de soja.
Segundo o arqueólogo, o planejamento urbano amazônico pré-histórico era mais complicado do que o da Europa medieval. "Lá você tinha a "town" [vila] e a "hinterland" [zona rural] sem integração. Aqui estava tudo junto", diz.
A organização espacial xinguana também denota uma hierarquia política entre vilas que remete às cidades-estado gregas. Cada "aglomerado galáctico" era um centro independente de poder, que provavelmente mantinha relações com outros aglomerados.
"Você não encontra uma capital da região", diz Carlos Fausto. "O maior nível de organização é a vila cerimonial."
Gaveta
Para o arqueólogo Eduardo Neves, da USP, que não participou do estudo, o maior mérito do trabalho é definir melhor o que se entende por "sociedade complexa" na Amazônia. Afinal, o modo de vida atual dos índios espelha o padrão pré-colonial ou o genocídio da conquista riscou do mapa organizações políticas e sociais muito mais complexas que as de hoje?
"A gente fala em complexidade na Amazônia Central, em Santarém e na ilha de Marajó, mas ninguém qualificou isso direito ainda", diz Neves.
A antropologia tradicional divide os índios em "Estados" (como o inca) e "populações de terras baixas" (os "bárbaros"). "Há uma gaveta nos modelos para encaixar a Amazônia, mas algumas sociedades demandam uma entrada oblíqua", afirma Heckenberger.
O trabalho do americano e de seus colegas tem revelado que, no caso do Xingu, um bom grau de complexidade social ainda existe: a organização das aldeias hoje é uma espécie de versão em miniatura do passado. Até a orientação das casas dos chefes dentro de uma aldeia circular cuicuro, a norte-noroeste e a sul-sudeste da praça central, espelha a posição das cidades antigas em relação aos grandes centros cerimoniais.
Outra evidência de continuidade é o fato de os próprios cuicuros saberem onde ficam os assentamentos antigos e terem-nos revelado aos pesquisadores. Por conta disso, o chefe Afukaká Kuikuro é um dos autores do artigo na "Science".
"O pai do nosso vovô já contava que antigamente tinha muita gente aqui", contou Afukaká, por telefone. "Aí o Mike veio com o computador e mostrou que era isso mesmo."

Fonte: Folha de S. Paulo, Caderno Ciência, 29/08/2008.

terça-feira, setembro 02, 2008

Mudanças climáticas: por que devemos nos preocupar

A FAAP convida para a palestra

Mudanças climáticas: por que devemos nos preocupar
03/09/2008 - quarta-feira - 19h
com o palestrante Carlos Nobre
Engenheiro eletrônico pelo ITA, doutor em Meteorologia pelo MIT e pós-doutoramento na Universidade de Maryland, EUA. Pesquisador titular do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais; foi um dos arquitetos do Experimento de Grande Escala da Biofesra-Atmosfera da Amazônia (LBA) e foi diretor do CPTEC-INPE. Tem dedicado sua carreira científica à Amazônia e desenvolveu pesquisas pioneiras sobre os impactos climáticos do desmatamento da Amazônia, formulando, em 1991, a hipótese da "savanização" da floresta tropical em resposta aos desmatamentos e ao aquecimento global, que vem sendo estudada em todo o mundo.
Palestra gratuita
Confirme sua presença
11 3662-7449 / 7451 ou pos.palestras@faap.br
Local: FAAP São Paulo - Auditório 2
Rua Alagoas, 903 - Higienópolis - São Paul0 - SP

População começará a cair em 2040, diz IBGE

A população brasileira chegou em 2008 a 189,6 milhões de habitantes, mas cresce em ritmo cada vez menor devido à queda nas taxas de fecundidade. Com isso, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) está revendo suas estimativas e antecipou a data em que prevê que a população começará a cair. Em vez de 2062, a nova projeção aponta que isso ocorrerá até 2040.

Os números definitivos da nova projeção oficial serão divulgados apenas em novembro, mas ontem, ao divulgar as estimativas populacionais de 2008, os técnicos do instituto adiantaram que o novo teto populacional ficará entre 217 milhões e 220 milhões de habitantes ao final da década de 2040.

A estimativa antiga apontava que a população ultrapassaria 260 milhões de pessoas e só depois diminuiria, em 2062.A revisão nas estimativas oficiais foi necessária por causa da queda mais intensa do que a prevista nas taxas de fecundidade. As últimas pesquisas do IBGE e do Ministério da Saúde já indicam que o número médio de filhos por mulher está abaixo de 2, ou seja, inferior ao nível de reposição populacional. Essa queda mais acentuada do que a prevista fez com que o instituto revisasse seu limite de queda projetado para a fecundidade. Em vez de 1,85 filho por mulher, agora o IBGE trabalha com a taxa de 1,5.

Luiz Antônio Oliveira, coordenador de População e Indicadores Sociais do IBGE, explica que essas revisões são constantes e que, no passado, o ritmo mais intenso de queda de fecundidade já havia superado estimativas antigas."Em 1970, a fecundidade estava no patamar de 5,8 filhos por mulher. A partir do censo daquele ano, as estimativas indicavam que a população ficaria em 2000 entre 201 milhões e 221 milhões. A população recenseada em 2000, no entanto, ficou em torno de 170 milhões, ou seja, 30 milhões a menos que a estimativa menos conservadora", afirmou.

O objetivo de atualizar constantemente essas estimativas é ajudar o país a adequar suas políticas públicas ao tamanho da população. Uma fecundidade mais baixa, aliada ao aumento da expectativa de vida, significa que a população idosa será proporcionalmente cada vez maior, o que tem impacto direto em políticas de saúde, aposentadoria e no mercado de trabalho, por exemplo. As novas projeções do IBGE serão feitas levando em conta estimativas de população não contada no censo de 2000 e na contagem populacional do ano passado.Para 2007, por exemplo, o instituto estima que de 1,7% a 3,4% da população não foi contabilizada. Juarez de Castro Oliveira, do IBGE, afirma que é comum os censos, em todo o mundo, apresentarem alguma omissão e que as taxas brasileiras não diferem muito das verificadas em outros países.

Na sexta-feira (29/08), o IBGE divulgou também suas estimativas populacionais para cada município brasileiro. O Estado de São Paulo, mais uma vez, apresentou a maior cidade do país -São Paulo, com quase 11 milhões de habitantes- e a menor -Borá, com apenas 834. As estimativas para 2008 foram feitas com base no Censo de 2000 e na contagem populacional de 2007. Elas são parâmetro para o TCU (Tribunal de Contas da União) determinar a parcela que cabe a cada prefeitura no Fundo de Participação dos Municípios. As prefeituras têm prazo de 20 dias, a contar da publicação das estimativas no "Diário Oficial" da União, para apresentar recurso ao IBGE.Isso tem acontecido, principalmente, em casos em que a cidade passa a receber menos recursos da União por causa do crescimento menor ou da diminuição da população.São raros, no entanto, os casos em que o recurso tem fundamento, de acordo com o instituto.

Fonte: Folha de São Paulo, Caderno Cotidiano

terça-feira, agosto 26, 2008

Os impactos da expansão urbana provocada pela exclusão social nas cidades indianas e brasileiras

A expansão urbana decorrente de processos de exclusão social em cidades indianas e brasileiras tem impacto direto em áreas importantes para a conservação ambiental. As pesquisas sobre essa questão e sobre as políticas públicas a ela ligadas serão debatidas no seminário internacional "Políticas Urbanas, Territórios e Exclusão Social: Índia—Brasil, uma Perspectiva Comparativa", nos dias 27 e 29 de agosto, no IEA.

Segundo os organizadores do seminário, as populações urbanas e periurbana brasileira e indiana enfrentam os mesmos desafios: graves problemas de moradia, crescimento exponencial das favelas (no Brasil) e slums (na Índia), fragmentação social e espacial das cidades, áreas periurbanas com crescimento maior do que o das áreas centrais, fortes contrastes sociais, e pressões e ameaças sobre o ambiente.

Além disso, políticas públicas municipais, estaduais, metropolitanas ou nacionais para enfrentar esses sérios desafios nos níveis social, econômico e ecológico muitas vezes não produzem os resultados esperados no tempo necessário.

Apesar dos diferentes estágios de desenvolvimento de Índia e Brasil, as políticas e suas estratégias podem ser comparáveis tanto nos programas quanto nos métodos de ação e nos resultados. No entanto, essa comparação só pode ocorrer com uma reflexão sobre as políticas e ações em seu próprio contexto.

Essa é a razão de os pesquisadores levarem em consideração o papel de situações peculiares de cada megacidade. Em que aspectos Mumbai se assemelha a São Paulo e não a Delhi? Como funcionam os sistemas urbanos de Mumbai, São Paulo, Rio de Janeiro ou Delhi? Essas são algumas das questões a serem debatidas no encontro.

O seminário é uma realização do programa de pesquisa Exclusão Social, Territórios e Políticas Urbanas, integrado por 18 especialistas do Brasil, França e Índia, com patrocínio da Agência Nacional de Pesquisa (ANR) da França e apoio do IEA, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP e Programa de Pós-Graduação em Ciência Ambiental (Procam) da USP.

SEMINÁRIO INTERNACIONAL POLÍTICAS URBANAS, TERRITÓRIOS EEXCLUSÃO SOCIAL: ÍNDIA—BRASIL, UMA PERSPECTIVA COMPARATIVA
Data: 27 e 29 de agosto, das 8h30 às 18h
Local: Auditório Alberto Carvalho da Silva, sede do IEA
Informações: (11) 3091-1686
Via internet: transmissão ao vivo em www.iea.usp.br/aovivo.

quinta-feira, agosto 21, 2008

Migrações no Brasil - Movimentos inter e intra-regionais

Ângelo Tiago de Miranda

Há décadas prevalece no território brasileiro o deslocamento populacional do Nordeste para o Sudeste, sendo que esse fluxo migratório se dirige principalmente para o Estado de São Paulo.

A migração de nordestinos para São Paulo manteve-se em níveis semelhantes nos períodos de 1986-1991 e 1995-2000, verificando-se, inclusive, um aumento da participação relativa dos nordestinos no total de migrantes do estado: de 51,7%, entre 1986-1991, para 57,7%, entre 1995-2000.

Diversificação
Apesar desses números, as correntes migratórias no Brasil estão se diversificando. Os movimentos populacionais estão mais intensos dentro do próprio estado ou da região de origem. Contribuem para isso: (a) a falta de oportunidades de emprego no Sudeste, o que causa o retorno de parte dos migrantes às regiões de onde vieram, e (b) o surgimento de novos pólos de desenvolvimento, o que atrai mão-de-obra de outras regiões.

Segundo os números da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios) de 2006, realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 40% da população brasileira (ou 74.935 milhões) não vive no município onde nasceu. Além disso, 16% (ou 29.892 milhões) da população não é natural do estado em que reside.

A região com mais migrantes é o Centro-Oeste, onde 35,8% da população é proveniente de outros estados. A região Nordeste é a que apresenta menor número de migrantes, com 7,6% da população originária de outras unidades da federação.

De acordo com os dados do IBGE, os deslocamentos populacionais no Brasil, no período 1995/2000, totalizaram 5.196.093 pessoas, cifra que é 3,7% superior aos 5.012.251 observados entre 1986/1991.

Cerca de 65% desse total é composto por deslocamentos ocorridos entre as regiões brasileiras (migração inter-regional) e 35% no interior destas regiões (migração intra-regional). Adiante, serão discutidos com mais profundidade os deslocamentos inter-regionais e intra-regionais.

Movimentos inter-regionais
No período que compreende os anos de 1995/2000 os movimentos migratórios entre as regiões brasileiras totalizaram 3.363.546 pessoas, resultado 4,3% maior ao verificado no período de 1986/1991.

Quando se considera esse número total de migrantes, constata-se que o Sudeste ainda é o destino preferido dos brasileiros (1.404.873), apesar da redução no volume de imigrantes (1,5%) e do aumento no volume de emigrantes (20,3%) em comparação com o período de 1986/1991.

O Censo de 2000, em relação ao período 1986/1991, mostra que as regiões Norte, Sudeste e Centro-Oeste registraram ao mesmo tempo uma redução do fluxo de imigrantes e um aumento do volume de emigrantes.

A região Centro-Oeste, embora tenha registrado uma variação negativa da imigração em apenas 0,3%, apresentou um aumento da emigração de quase 8%. Já as regiões Nordeste e Sul apresentaram comportamentos diferentes das demais regiões, principalmente o Sul, onde se registrou um aumento de quase 16% dos fluxos imigratórios, juntamente com uma redução de 25,7% do volume de emigrantes.

Com relação à região Nordeste, observou-se um crescimento expressivo do fluxo de imigrantes (a maioria proveniente do Sudeste), chegando a 35,5% no período de 1995/2000. Mas continua sendo a região que mais perde população para as demais.

Movimentos intra-regionais
Trata-se da migração de pessoas dentro de uma mesma região. O surgimento de novos pólos de atração vem promovendo o movimento de migrantes no interior do próprio estado ou região. Essa tendência tem sido mais forte nas regiões Norte, Sul e Centro-Oeste.

Os movimentos migratórios intra-regionais totalizaram 1.832.547 pessoas no período 1995/2000, o que representa um crescimento de 2,6% em relação ao período 1986/1991. Observou-se um forte dinamismo migratório no interior da região Norte, que é respaldado pelo crescimento de quase 39% de trocas intra-regionais, o maior dentre todas as regiões do país.

O Sul foi outra região que apresentou um aumento dos fluxos intra-regionais. O Estado de Santa Catarina mostrou intenso dinamismo migratório ao registrar um crescimento nos volumes de imigrantes e emigrantes.

Já o Estado do Paraná obteve não somente um aumento do fluxo de imigrantes como uma redução no volume de emigrantes. Esta tendência também foi observada nas trocas inter-regionais e reforça o processo de retomada do desenvolvimento por parte desse estado.

No que se refere ao Rio Grande do Sul, teve reduzido seu volume de imigrantes. Por outro lado, houve um aumento dos fluxos de emigrantes para os demais estados da região Sul, principalmente para Santa Catarina.

O crescimento de 21,8% nos deslocamentos intra-regionais da região Centro-Oeste deveu-se sobretudo ao grande dinamismo migratório observado nos estados de Goiás e Distrito Federal. No caso de Goiás, houve um crescimento de 50,8% dos fluxos de imigrantes.

No Distrito Federal o crescimento do volume de emigrantes foi superior ao de imigrantes. Os estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul registraram queda dos fluxos de imigrantes.

A região Sudeste, por outro lado, registrou queda de 1,5% no volume de migrantes intra-regionais. Os estados do Espírito Santo e São Paulo registraram queda no volume imigratório e aumento dos fluxos de emigrantes, ao contrário de Minas Gerais e Rio de Janeiro, que apresentaram comportamentos opostos.

Em especial no Estado de São Paulo, houve uma queda de 23,4% no volume de imigrantes. Ao mesmo tempo, aumentou o fluxo de emigrantes em 36,7%. Esta expressiva redução das trocas de São Paulo com os demais estados da região Sudeste deveu-se principalmente ao aumento dos fluxos de emigrantes para Minas Gerais, chegando a 38,5% no período analisado.

Por outro lado, houve redução de 24% nos fluxos que partiram de Minas Gerais com destino a São Paulo. Esses resultados indicam uma forte migração de retorno em direção a Minas Gerais, mas também podem estar mostrando um aquecimento do mercado de trabalho mineiro.

O Nordeste, por sua vez, registrou redução de 11,1% nos fluxos migratórios intra-regionais, movimento contrário ao observado nas trocas com as demais regiões do país, onde se observou um aumento de 35,5% no volume de imigrantes.

Todos os estados nordestinos obtiveram queda tanto nos fluxos de imigrantes quanto de emigrantes, com exceção do Ceará, onde houve um aumento de 5,4% no volume de imigrantes. Esses resultados indicam um esfriamento das trocas migratórias entre os estados do Nordeste e a intensificação das trocas com os demais estados brasileiros.

Referência bibliográfica
OLIVEIRA, A. T.; SIMÕES, A. G. "Deslocamentos populacionais no Brasil: uma análise dos censos demográficos de 1991 e 2000". In: 14º Encontro Nacional de Estudos Populacionais, ABEP, 2004, Minas Gerais.

quarta-feira, agosto 20, 2008

Brasil em alta resolução

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) disponibilizou na internet uma galeria de imagens em alta resolução do programa Cbers (Satélite Sino-brasileiro de Recursos Terrestres).

O trabalho de geração e tratamento das imagens da galeria foi realizado pela Divisão de Geração de Imagens, da Coordenação Geral de Observação da Terra do Inpe. Os arquivos podem ser utilizados gratuitamente, com menção de crédito para o instituto.

A galeria inclui imagens de todas as capitais brasileiras e de algumas áreas de países da América do Sul.

Também estão disponíveis no site as primeiras imagens produzidas pela HRC – Câmera Pancromática de Alta Resolução, instalada em caráter experimental no Cbers-2B (lançado em setembro de 2007). A HRC produz imagens de uma faixa de 27 quilômetros de largura com resolução espacial de 2,7 metros, em uma região espectral pancromática única.

Desde 2004 está disponível o banco de imagens dos satélites Landsat-1, Landsat-2, Landsat-3, Landsat-5, Landsat-7, Cbers-2 e Cbers-2B. Mas, para visualizar as imagens desse catálogo em resolução plena, é necessário conhecimento e ferramentas de processamento de imagem. Esses arquivos são, portanto, voltados para uso profissional ou acadêmico.

A nova galeria, no entanto, é voltada para meios de comunicação, professores e estudantes de ensino fundamental e médio e as imagens podem ser salvas e utilizadas imediatamente.

Mais informações: http://www3.dgi.inpe.br/pesquisa2007/galeria/linux_E_galeria/galeriaCD.html

segunda-feira, agosto 18, 2008

Homenagem a Josué de Castro, o geógrafo da fome

O geógrafo, médico e político pernambucano Josué de Castro, conhecido pela luta contra a fome, foi homenageado no dia 08 de agosto pelo Senado em sessão solene proposta por Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) e Cristovam Buarque (PDT-DF).

Segundo Jarbas, o geógrafo foi um profeta no combate à fome e à miséria, sempre tentando modificar a história do país para melhor. Cristovam Buarque disse que considera o homenageado uma das maiores personalidades que conheceu.

Marco Maciel (PE), pela liderança do DEM, ressaltou o reconhecimento internacional a Josué de Castro. Pedro Simon (PMDB-RS) e José Nery (PSOL-PA) destacaram a cassação dos direitos políticos de Josué como um dos primeiros atos do regime militar.

Em nome do PMDB, Geovani Borges (AP) observou que o geógrafo ficaria muito satisfeito com a notícia de que a pirâmide social brasileira "começa a se inverter". O senador se referia a pesquisas dando conta de que milhões de brasileiros ingressaram na classe média. Marina Silva (AC), em nome do PT, recordou frase do ex-senador Darcy Ribeiro, para quem Josué de Castro foi um "intelectual brilhante".

Como parte da homenagem ao geógrafo, o Senado também promove, no Salão Branco, a exposição Josué de Castro: por um mundo sem fome, preparada e patrocinada pela Fundação Banco do Brasil. A mostra, que ficará aberta até 22 de agosto, compõem-se de fotos, depoimentos e trechos de livros do geógrafo e de registros de sua trajetória contra a fome.

Em 5 de setembro de 2008 Josué de Castro completaria 100 anos. Ele compreendeu o fenômeno brasileiro da fome como poucos, notabilizand0-se pelo livro Geografia da fome, publicado em 1938. Nele, o geógrafo já observava que o fenômeno estava associado a causas socioeconômicas, mas que precisava ser tratado como questão política. Josué foi indicado duas vezes as Prêmio Nobel.

Fonte: Jornal do Senado

Fórum Internacional de Energia Renovável e Sustentabilidade – 19 a 21 de novembro – Florianópolis/SC

Políticos, executivos e pesquisadores se reunirão no Fórum Internacional de Energia Renovável e Sustentabilidade, em Florianópolis, para debater e se atualizar sobre novas formas de energia renovável e a relação com o meio ambiente.
Neste ano, está confirmado para a palestra de abertura, o físico austríaco Fritjof Capra. Cientista, ambientalista, educador e ativista, Capra surgiu para o mundo após lançar "O Tao da Física", no qual discorria sobre os paralelos, a princípio impossíveis, entre a física quântica e misticismo oriental.

Mais informações e inscrições: http://www.ecopowerbrasil.com.br/

VIII Encontro Verde das Américas – 09 a 11 de setembro – Brasília/DF

Neste ano, Brasília será a sede do Encontro Verde das Américas (Greenmeeting) entre os dias 9 e 11 de outubro.

O evento terá como tema o Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. A participação é gratuita.

Basta se cadastrar em http://www.greenmeeting.org/.

sábado, agosto 16, 2008

Poluição do Ar - Problemas Locais, Impactos Globais


Este é o tema do próximo evento gratuito do ciclo Física para Todos, promovido mensalmente em parceria entre a Estação Ciência e o Instituto de Física (IF) da USP. Sempre aos sábados, os encontros promovem junto ao público em geral a vinda de especialistas e a discussão de assuntos importantes e interessantes relacionados ao cotidiano.
Dessa vez, o convidado será o prof. Dr. Américo Kerr, do IF. O encontro acontece no dia 13 de setembro, às 15h. Para conhecer a programação completa, ler os resumos das palestras e efetuar sua inscrição online, acesse o site http://itec.if.usp.br/~ccultext/fpt/fpt2sem2008.html.
Dúvidas e sugestões são recebidas através do e-mail fisicaparatodos@if.usp.br.

Estudo revela aumento de zonas mortas nos mares do mundo

As zonas mortas nos oceanos do mundo, onde a ausência de oxigênio impede o desenvolvimento de vida marinha, aumentaram mais de um terço entre 1995 e 2007, revela um estudo divulgado nesta quinta-feira, 14, pela revista Science.

Os principais fatores dessa catástrofe oceânica são a contaminação por fertilizantes e a queima de combustíveis fósseis, segundo cientistas do instituto de Ciências Marinhas da Universidade William and Mary, na Virgínia, e da Universidade de Gotemburgo, na Suécia. O aumento das zonas mortas no mar transformou-se no principal agente de pressão sobre os ecossistemas marítimos, no mesmo nível da pesca excessiva, perda de habitat e outros problemas ambientais.

Segundo os cientistas, seu aumento se deve também a certos nutrientes, especialmente o nitrogênio e o fósforo, que ao entrarem em excesso nas águas litorâneas causam a morte de algas. Ao morrer, essas plantas microscópicas se afundam e se transformam em alimento de bactérias que, durante a decomposição, consomem o oxigênio a sua volta. Na linguagem científica, esse processo da diminuição progressiva de oxigênio se chama hipóxia.

Segundo Robert Diaz, professor do Instituto de Ciências Marinhas, e Rutger Rosenberg, cientista da Universidade de Gotemburgo, atualmente existem 405 zonas mortas em águas próximas às costas em todo o mundo, o que representa uma superfície de mais de 26.500 quilômetros quadrados. Diaz, que começou a estudar as zonas mortas em meados da década de 1980, após advertir sobre o problema nas águas da Baía de Chesapeake (costa atlântica dos Estados Unidos), afirma que, em 1995, já havia 305 zonas mortas no mundo todo.

De acordo com o cientista, no início do século passado só havia quatro zonas mortas, número que passou para 49 em meados de década de 1960, 87 na de 1970 e para 162 na de 1980. "Não existe outra variável de tanta importância para os ecossistemas marítimos litorâneos que tenha mudado tão drasticamente e em um lapso tão curto", afirmam Diaz e Rosenberg no estudo.

Segundo Diaz, as provas geológicas demonstram que as zonas mortas não eram "um fenômeno natural" na Baía de Chesapeake e outros estuários. "As zonas mortas eram raras. Agora são comuns. Cada vez há mais em mais lugares", diz o cientista. Diaz e Rosenberg manifestam que em muitas ocasiões só se dá importância à hipóxia quando esta começa a dizimar os organismos que, em última instância, servem de alimento à população. Como exemplo, eles citam o desaparecimento de algumas espécies ictiológicas e os surtos crônicos de epidemias bacterianas em outras.

Por outro lado, ao impedir o desenvolvimento de alguns habitantes dos fundos marítimos, como as amêijoas e alguns vermes, a hipóxia elimina uma importante fonte de nutrição para outros depredadores, assinala o estudo. Segundo os cientistas, a chave para frear o aumento de zonas mortas é manter os adubos em terra e impedir que cheguem ao mar. "É necessário que cientistas e agricultores trabalhem em conjunto para desenvolver métodos agrícolas que reduzam a transferência de nutrientes da terra para o mar", diz Diaz.

Fonte: O Estado de SP

sábado, agosto 09, 2008

V Semana de Geografia - Geografia, Escola e Comunidade: Transformando o Cotidiano Escolar

Pelo quinto ano consecutivo alguns alunos e professores do Departamento de Geografia da Universidade de São Paulo, estão realizando a Semana de Geografia.
A idéia do projeto é propiciar o encontro entre os professores da rede pública de ensino, professores acadêmicos e graduandos, a fim de abrir uma fresta para diálogos, reflexões e experiências frente às necessidades do ensino de Geografia, hoje.
Para isso será realizada a V Semana de Geografia, com o tema “Geografia, Escola e Comunidade: transformando o cotidiano escolar”, que irá receber as escolas com projetos interdisciplinares ou não, e oferecerá oficinas e debates.

Serão oferecidas oficinas aos professores da rede pública de ensino e demais interessados na área de educação de Geografia. Na V semana de Geografia, em 2008 as oficinas serão realizadas em 4 sábados, das 8:30 às 12:30 hs. As oficinas ocorrerão nos dias 23 e 30 de Agosto e nos dias 20 e 27 de Setembro.

Já está disponível a lista de oficinas oferecidas este ano! Quem se interessar, acesse o site http://www.geografia.fflch.usp.br/semangeo/base.htm

O valor para participação em cada oficina é de R$ 10,00.



terça-feira, agosto 05, 2008

Simpósio Internacional de Ensino de Geografia e Ciências e Primeiro Encontro Baiano de Ensino e Pesquisa em Geografia

Nesse mês serão realizados no país dois importantes eventos relacionados ao ensino de Geografia.

O primeiro será “O Seminário Internacional de Ensino Geografia e Ciências” na Universidade de São Paulo (USP), de 13 a 15 de agosto de 2008 na Faculdade de Educação da USP, que terá como pretensão verificar, analisar e avaliar as tendências metodológicas que são discutidas atualmente, tanto no meio acadêmico como o ambiente escolar, bem como debater as diferentes concepções teóricas – metodológicas e estará centrado na utilização de novas metodologias e tecnologias em relação ao conhecimento. Com os seguintes temas a serem abordados:
A questão dos currículos escolares;
A metodologia de aprendizagem baseada na resolução de problemas (PBL) e suas diferentes áreas do conhecimento: Geografia e Ciências;
As formações de professores em Geografia e Ciências;
As diferentes linguagens utilizadas atualmente como: Jogos, Literatura, e outros;
Práticas e experiências no âmbito da escola pública;
Experiências de aprendizagem conceitual em espaços formais e não formais.

Mais informações:
http://www2.fe.usp.br/~siegeci/index.htm

O segundo será “O Primeiro Encontro Baiano de Ensino e Pesquisa em Geografia: Perspectivas e desafios na formação inicial e continuada de professores de Geografia”, de 18 a 21 de Agosto de 2008 no campus universitário da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS). Terá como objetivos:
Integrar a universidade e a escola básica através de discussões sobre o ensino de Geografia e a formação docente.
Proporcionar a socialização de experiências sobre ensino e a pesquisa no âmbito da Geografia escolar,
Promover a discussão sobre a formação (inicial e continuada) docente em Geografia.

Mais informações:
http://www2.uefs.br/enepgeo/

quarta-feira, julho 30, 2008

Degradação do solo afeta 46 mi no Brasil

A degradação do solo está aumentando em muitas partes do mundo, segundo estudo divulgado no dia 02/07/2008 pela FAO, com dados pesquisados num período de 20 anos.
Definida como o declínio a longo prazo na função e na produtividade de um ecossistema, a degradação do solo está aumentando em gravidade e extensão, afetando mais de 20% das terras agrícolas, 30% das florestas e 10% dos pastos.
Cerca de 1,5 bilhão de pessoas, um quarto da população mundial, dependem diretamente dos solos que estão sendo degradados.
As consequências desse fenômeno incluem diminuição da produtividade agrícola, migração, insegurança alimentar, prejuízos a recursos e ecossistemas básicos e a perda de biodiversidade genética e de espécies, devido a mudanças nos habitats.
“A degradação do solo tem também importantes implicações para a redução e a adaptação às mudanças climáticas, já que a perda de biomassa e de matéria orgânica do solo libera carbono na atmosfera e afeta a qualidade do solo e sua capacidade de reter a água e os nutrientes”, afirmou Parviz Koohafkan, Diretor da Divisão de Terras e Águas da FAO.
O estudo indica que, apesar da determinação dos 193 países que ratificaram a Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação, em 1994, a degradação do solo está se agravando, ao invés de diminuir.
Cerca de 22% das terras em processo de degradação estão em zonas ou muito áridas ou sub-úmidas secas, enquanto 78% estão em regiões úmidas. O estudo revela que a principal causa da degradação do solo é a má gestão da terra.
Em comparação com avaliações anteriores, o estudo revela que a degradação do solo tem afetado novas regiões desde 1991, enquanto que algumas áreas historicamente muito degradadas foram tão afetadas que agora estão estáveis, por terem sido abandonadas ou exploradas com baixo nível de produtividade.
Os dados sobre a degradação do solo em nível mundial são parte do estudo apresentado pela FAO, pelo Programa das Nações Unidas para Meio Ambiente (PNUMA) e pela Informação Mundial do Solo (ISRIC). O estudo se chama Avaliação da Degradação do Solo em Zonas Áridas (LADA, em inglês) e foi financiado pelo Global Environment Facility.
Bons exemplos
Mas as notícias não são apenas ruins. A pesquisa identificou uma série de lugares onde o solo é utilizado de forma sustentável (19% das terras agrícolas) ou se está alcançando maior qualidade e produtividade (10% dos bosques e 19% dos pastos).
Muitos dos avanços em terras agrícolas estão associados à irrigação, mas também há exemplos de melhoras em terras agrícolas e pastos nas pradarias e planícies da América do Norte e Índia Ocidental. Alguns dos avanços são resultado de aumento da cobertura florestal, seja com plantio de florestas, em especial na Europa e América do Norte e com algumas projetos de bonificação de terras, por exemplo no norte da China.
No entanto, algumas das iniciativas positivas se baseiam na invasão de áreas agrícolas e pastos por florestas e arbustos, o que por regra geral não é considerado melhoria do solo.
O estudo mostra que a degradação da terra continua sendo um assunto prioritário que requer atenção renovada dos cidadãos, comunidades e governos.
Mais afetados e o Brasil
O ranking por país por população rural afetada com a degradação dos solos é:
1- China (457 milhões de pessoas)
2 – Índia (177 milhões de pessoas)
3 – Indonésia (86 milhões)
4 – Bangladesh (72 milhões)
5 – Brasil (46 milhões)
Fonte: FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação)

Latitude 90º: a Antártica e o Ártico ocupam São Paulo


A exposição "Latitude 90º - O impacto do aquecimento nos pólos" segue em cartaz com programação especial para o mês de julho. O objetivo da mostra é apresentar a corrida humana na conquista do Pólo Sul, as características da Antártica e do Ártico, as atividades brasileiras no IV Ano Polar, além de discutir o aquecimento global e os seus efeitos no equilíbrio ecológico mundial.
A mostra tem outras atrações distribuídas pelos cerca de 500m² ocupados no SESC-Pompéia, em São Paulo. Dentre elas, as imagens de fotógrafos como Marina Bandeira Klink e Luciano Candisani, da revista National Geographic, e uma estação meteorológica do INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, para demonstração dos resultados de pesquisas brasileiras realizadas na Antártica.

Exposição "Latitude 90º - O impacto do aquecimento nos pólos"
De 05/06 a 03/08, no SESC Pompéia
De terça a sábado, das 10h às 20h. Domingos e feriados, das 10h às 19h
Evento grátis

segunda-feira, julho 28, 2008

A geomorfologia nos estudos das mudanças ambientais e do impacto humano

A contribuição da geomorfologia — uma das mais abrangentes disciplinas das ciências da Terra — em estudos sobre mudanças ambientais e em avaliações do impacto humano no ambiente constitui o cerne da conferência que o geógrafo físico e geomorfólogo Andrew Shaw Goudie, diretor do St. Cross College da Universidade de Oxford, faz no dia 12 de agosto, às 9h, no IEA (Instituto de Estudos Avançados).
Em sua exposição ("A Natureza Aplicada da Geomorfologia"), Goudie considerará diferentes contextos morfoclimáticos globais, diversas escalas e sistemas físicos, demonstrando potencialidades e limites da aplicação do instrumental conceitual e metodológico da geomorfologia para essas leituras e avaliações.
O evento é uma realização do Grupo de Ciências Ambientais do IEA e do Programa de Pós-Graduação em Geografia Física da FFLCH-USP, com apoio da Pró-Reitoria de Pós-Graduação da USP. A coordenação é de Cleide Rodrigues, do Departamento de Geografia da FFLCH-USP. O evento será em inglês, com tradução simultânea.
Local: Auditório Alberto Carvalho da Silva, sede do IEA, Avenida Prof. Luciano Gualberto, Travessa J, 374, Cidade Universitária, São Paulo.
Informações com Inês Iwashita no telefone (11) 3091-1685