domingo, janeiro 09, 2011

A morte anunciada das lâmpadas incandescentes no Brasil

Na última sexta-feira foi anunciado no Brasil o ano da morte das lâmpadas incandescentes: 2016. O anúncio foi publicado no Diário Oficial da União por meio de uma Portaria elaborada em conjunto com os ministérios de Minas e Energia, Ciência e Tecnologia e Indústria e Comércio.

O principal objetivo do governo é com a economia que a substituição dessas lâmpadas gerará para o país: cerca de 10 terawatts-hora (TWh/ano) até 2030. Isso representa mais que o dobro conseguido pelo selo Procel de Economia de Energia, àquele que vem colado em geladeiras, ar-condicionados, televisores e outros aparelhos e regulamenta o limite de consumo de energia elétrica que cada aparelho apresentar.

Vale ressaltar que essa posição do governo é extremamente bem vinda para a economia, pois um maior consumo de energia gera uma maior produção de energia, que por sua vez, gera uma maior pressão sobre as hidrelétricas, cuja capacidade instalada já está quase saturada, obrigando o governo a recorrer as termelétricas e as usinas nucleares. Isso resulta no direcionamento de vultosas quantias de dinheiro público e mais gasto público.

Além disso, a medida possui um aspecto de ajuda ao meio ambiente, principalmente no que tange ao aquecimento global. Para se ter uma idéia, a lâmpada incandescente libera 95% de calor e somente 5% de luz. Também emite gás carbônico para a atmosfera, um dos principais gases geradores do efeito estufa.

Mas somente substituir as lâmpadas incandescentes pelas fluorescentes não é uma solução sustentável ambientalmente. É preciso as indústrias inovarem com a fabricação das lâmpadas fluorescentes, que utilizam-se até dez vezes mais matéria-prima e energia comparada a sua "rival". Ainda há o problema do descarte desse tipo de lâmpada, pois em sua composição há o elemento mercúrio. Se a lâmpada não for jogada em um lixo adequado, pode contaminar o solo e a água.

Enfim, há um prazo de cinco curtos anos para a indústria conseguir desenvolver uma lâmpada de baixo consumo de energia, baixo impacto ambiental e de baixo custo, lembrando que esse último é hoje o principal entrave para as famílias começarem a adquirir as lâmpadas fluorescentes.

Os países que integram a Comunidade Européia ainda não conseguiram desenvolver um novo tipo de lâmpada, mas um grande e importante passo já foi dado rumo a economia e a diminuição do aquecimento global com a proibição da produção, importação e venda de lâmpadas incandescentes desde agosto de 2009.

Nenhum comentário:

Postar um comentário