segunda-feira, dezembro 21, 2009

Opinião propria

Opinião própria

Pode uma pessoa que ao se pronunciar sobre qualquer que seja o assunto sempre leve em consideração primeira a sua propria opinião? Que não tenha medo ou bloqueios de discutir ou explanar com os indivíduos de qualquer escalão que seja como seu igual? E que além de ter opinião propria sempre priorizou transmitir aos que podem e puderam compartilhar destas opiniões que o principio básico para se conquistar opinião própria é a busca pelo conhecimento?

Essa postura causa certo desconforto àqueles que não gostam de ter o debate das idéias, que não questionam e também não se questionam, que preferem manter o status quo, a mesma e confortável postura das aparências, que não se incomodam em propor novas visões e novos conceitos de se discutir, nem de produzir o novo.

O atual momento me obriga a manifestar uma opinião a qual tenho e que já faz tempo que gostaria de manifestar. Não faço isso por oportunismo, nem por solidarismo baratos. Faço por reconhecimento às contribuições que foram feitas aos que se dispuseram a ouvir e tentar compreender seu pensamento, e a tentar construir a partir deste

São muitas as fontes que provam isso, desde artigos a produções literárias de alto valor educacional, acadêmico e de pesquisa.

E assim:

Quero agradecer a todos os mestres e doutores que compõem/compuseram o Departamento de Geografia da FIEO, que na postura de professores auxiliaram na minha graduação e na melhor construção e direcionamento de meu pensamento. Quero agradecer também aos colegas que justamente fizeram parte junto deste processo e que também contribuíram para o mesmo, acima de tudo. Tenho orgulho de ter passado por esta experiência e dela ter extraído o que me foi oferecido de melhor, o conhecimento.

Em especial, quero agradecer a um professor, o que melhor representa esta minha opinião e que também pode sê-la de meus colegas de curso. Suas explicações e propostas de estudo sempre zelaram pelo exercício do raciocínio mais aguçado, que deixassem a construção simplista e pobre de visão de mundo, sempre apoiou que todos buscassem o questionamento das idéias, não pela afronta aos discursos, mas enxergassem através das mais variadas dimensões existentes.

Ao professor Jaime Tadeu Oliva, o meu mais sincero muito obrigado, por tudo aquilo que me apresentou e que representa no conjunto de minha formação. Suas aulas sempre puderam contribuir para uma melhor interpretação das diferentes esferas que constituem nossa sociedade e do foco de nossa ciência, o espaço. E nesse conceito foi mestre em trabalhar sua organização e as discussões que o cercam, sem se prender aos pragmatismos e dogmas que ainda sustentam muitos dos pilares desta ciência, contribuindo, assim, ainda mais para a minha forma de enxergar os fenômenos espaciais nas mais diferentes escalas que eles se manifestam.

Sua defesa a uma linha de pensamento que buscasse analisar e avaliar os mais variados conceitos e interpretações da realidade para se construir uma melhor representação do espaço, numa defesa de uma Geografia embasada na pluralidade das relações fez surgir em mim um sentimento de reconhecimento aos seus méritos e de querer, assim como ele, contribuir para esta ciência social.

Com toda a Sinceridade

Matheus de Almeida Santos

Graduado em Geografia pelo Centro Universitário FIEO

2006/2009

domingo, dezembro 13, 2009

I Colóquio de Geografia Agrária do Cariri Cearense

I Colóquio de Geografia Agrária do Cariri Cearense
Tema: Sociedade, Natureza e as relações de produção no Campo
27 a 30 de Janeiro de 2010

Introdução
O I Colóquio de Geografia Agrária é uma promoção do Grupo de Estudos e Pesquisas em Geografia Agrária – GEA, que desde 2001 reflete sobre o espaço agrário, com enfoque nos debates sobre território Espaço e movimentos sociais, bem como, diversas temáticas referentes á questão agrária.

O GEA é composto por pesquisadores e discentes do Departamento de Geociências da Universidade Regional do Cariri e desenvolve desde sua criação atividades de leituras sistematizadas, pesquisas e atividades de extensão. Tendo como linhas de pesquisa, sociedade, ensino, gênero e reforma agrária.

O encontro visa promover um espaço de debates e reflexões sobre: A questão Agrária, resistência e exploração; Relações Campo-Cidade; Educação no/do Campo; teorias e métodos da Geografia Agrária; Cultura, Gênero; sexualidade e Impactos Ambientais no Campo.

O tema proposto abrange as diversas pesquisas em Geografia executadas no campo, sejam relacionadas à natureza ou às relações sociais. E tem por objetivo principal , instigar o debate entre a comunidade acadêmica e os atores que atuam no espaço agrário e demais interessados.

Visa também, estimular e divulgar o diálogo entre as produções acadêmicas que têm sido realizadas por pesquisadores, assim como, outros projetos que vem sendo executados.

Mais informações no link: http://www.urca.br/coloquiogea/

quinta-feira, dezembro 10, 2009

ONU: famílias menores ajudarão o clima

Ao longo da história o crescimento da população mundial sempre foi encarado por alguns como um problema com diversas consequências. Inúmeras teorias foram elaboradas para tentar explicar e também evitar o crescimento populacional. Dentre essas teorias destacam-se a malthusiana e a neomalthusiana.
Hoje li uma nota divulgada pela Organização das Nações Unidas (ONU) que me chamou a atenção por dois pontos. O primeiro é o caráter neomalthusiano de uma das principais entidades do mundo quando analisa a questão da população mundial. Já o segundo ponto é que essa nota traz implicitamente uma outra características dos neomalthusianos, que é o controle da natalidade para resolver uma determinada situação.
Vale lembrar que os neomalthusianos analisam a aceleração populacional segundo uma ótica alarmista e catastrófica, argumentando que, se esse crescimento não for impedido, os recursos naturais da Terra se esgotarão em pouco tempo. Para conter o avanço populacional, esses teóricos utilizam várias propostas, principalmente a da adoção de políticas visando o controle de natalidade, que se popularizaram com a denominação de Planejamento Familiar.
Outras inúmeras variáveis não são levadas em consideração para buscar a solução de algum problema de caráter ambiental, alimentar, entre outros, por exemplo. A culpa sempre acaba recaindo para a população e seu crescimento.
Não sabemos ao certo os interesses que estão por detrás dessa eminente organização, mas me resta acreditar que os principais são os dos norte-americanos que devido a sua característica consumista, seria bem melhor para eles um mundo mais vazio demograficamente falando. Isso faria com que os recursos naturais - que são limitados - não sofressem um aumento de pressão, sobrando assim, ainda mais recursos para serem explorados por essa nação tão consumista e devoradora.
Eis a nota publicada na coluna Ambiente Legal do Jornal do Senado:
Se as famílias decidirem ter menos filhos ajudarão de maneira significativa na redução dos gases que geram efeito estufa. Relatório da ONU afirma que uma redução de 1 bilhão de pessoas em relação à população estimada para 2050 (10,5 bilhões) representaria uma diminuição das emissões equivalente à que se alcançaria se todas as usinas a carvão fossem substituídas por energia eólica.

Criação da Fundação Instituto de Pesquisa da Biodiversidade

Leiam abaixo a notícia que chegou há poucos dias do Senado Federal. Acredito que a aprovação da criação de mais um instituto de pesquisa abrirá novas oportunidades de trabalho para diversas áreas do conhecimento e principalmente para os geógrafos.
A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado deu paracer favorável a um projeto de lei (PLS 583/07) que autoriza o Poder Executivo a criar a Fundação Instituto de Pesquisa da Biodiversidade Brasileira (Biobras), voltada para a bioprospecção, a divulgação do conhecimento adquirido e a promoção do aproveitamento econômico da biodiversidade. O PLS é de autoria do senador Marcelo Crivella (PRB-RJ).
A justificativa dada por Crivella para a proposta é a de que o Brasil, embora seja um dos países mais ricos em diversidade macro e microbiológicas, investe pouco em pesquisa científica relacionada com o aproveitamento econômico de sua biodiversidade.
Também de acordo com o autor do projeto, o conhecimento dos recursos genéticos nacionais colocará o Brasil na vanguarda do desenvolvimento tecnológico de diversos produtos, como fármacos e defensivos agrícolas.


Professor da FEA-USP lança livro sobre questões ambientais

Na segunda-feira (14), a partir das 16h30, o professor José Eli da Veiga, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP, lança o livro Mundo em Transe: do aquecimento global ao ecodesenvolvimento (Editora Autores Associados), na Livraria Cultura do Conjunto Nacional, em São Paulo.

A obra discute a transição para o baixo carbono, crescimento e sustentabilidade, e a questão do monitoramento do ecodesenvolvimento em um cenário de riscos causados pelas mudanças climáticas e pela proliferação nuclear.

Às 16h30, acontece um debate sobre o tema do livro, no teatro da livraria. Às 19 horas. haverá sessão de autógrafos. O evento de lançamento é aberto ao público e gratuito. Não há necessidade de inscrição.

Endereço: Av, Paulista, 2073, Cerqueira César, São Paulo Contato: (11) 5182-1806

segunda-feira, novembro 23, 2009

Universidade de Salamanca seleciona professores visitantes brasileiros

O Centro de Estudos Brasileiros (CEB) da Universidade de Salamanca (Usal) abriu inscrições para a seleção de quatro professores visitantes brasileiros. As propostas devem ser apresentadas até o dia 10 de novembro.
O convênio entre o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a instituição espanhola pretende contribuir para a difusão do conhecimento e a elaboração de estudos sobre a sociedade brasileira.
O edital oferece até quatro vagas nas áreas de Direito, Economia, Educação e Geografia. A permanência é de dois meses, de 15 de janeiro a 15 de março de 2010. Os candidatos selecionados deverão desenvolver pesquisa, elaborar estudos, ministrar aulas e colaborar com as atividades do CEB.
Cada professor visitante receberá auxílio de R$ 14,3 mil do CNPq. A Usal complementará o montante com 600 euros mensais para cada pesquisador. A universidade espanhola também garante local de trabalho e infraestrutura para realização das atividades docentes, de pesquisa e preparação de aulas dos visitantes brasileiros.
Informações sobre alojamento, providências para o acesso às bibliotecas e um curso de espanhol gratuito ministrado pela Universidade de Salamanca são outros benefícios concedidos aos selecionados.
Os candidatos devem possuir título de doutor, experiência profissional e produção técnico-científica compatível, não pode estar aposentado e deve possuir vínculo empregatício com instituição de ensino superior ou centros e institutos de pesquisa e desenvolvimento.
Mais informações no site do CNPq – www.cnpq.br.

sexta-feira, novembro 13, 2009

GEOGRAFIA NO UNIFIEO


QUAIS AS RAZÕES PARA ESTUDAR GEOGRAFIA:

  • ESTUDAR GEOGRAFIA ALÉM DE DAR ACESSO A UM CAMPO DO SABER IMPORTANTE E TRADICIONAL, DÁ A OPORTUNIDADE DE CONHECER UM VIGOROSO PROCESSO DE RENOVAÇÃO DESSA DISCIPLINA QUE SE INTEGRA ÀS TRANSFORMAÇÕES ACELERADAS DO MUNDO CONTEMPORÂNEO. EM ESPECIAL AQUELAS NAS QUAIS O OLHAR GEOGRÁFICO SE MOSTRA MUITO ELUCIDADOR: GLOBALIZAÇÃO, QUESTÃO AMBIENTAL, QUESTÃO URBANA ETC.
  • ESTUDAR GEOGRAFIA ALÉM DE DAR ACESSO AO MUNDO DA EDUCAÇÃO E SEU MERCADO DE TRABALHO (COMO PROFESSOR (A)), DÁ TAMBÉM ACESSO A UM NOVO MERCADO DE TRABALHO PROFISSIONAL. O GEÓGRAFO PROFISSIONAL QUE SE FORMA NO UNIFIEO TEM REGISTRO NO CREA (CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E ARQUITETURA) E PODE EXERCER ATIVIDADES PROFISSIONAIS DE ALTO NÍVEL EM PROJETOS DIVERSOS, EM ÓRGÃOS PÚBLICOS NAS ÁREAS DE CARTOGRAFIA, GEOPROCESSAMENTO, PLANEJAMENTO ETC.
    NINGUÉM QUE ESTUDA GEOGRAFIA
    FICA SEM TRABALHO!!!!

segunda-feira, novembro 02, 2009

A Fundação Memorial da América Latina abre as inscrições (www.memorial.sp.gov.br) para a participação gratuita no Seminário Internacional “Amazônia: Desafios e Perspectivas da Integração Regional”. O encontro de autoridades e especialistas no tema é uma realização do Centro Brasileiro de Estudos da América Latina, deste Memorial, em parceria com a Academia Brasileira de Ciências e a Universidade de São Paulo. Ele se realiza na Biblioteca Latino-Americana Victor Civita, nos dias 16 e 17 de novembro.

Entre as questões que serão enfrentadas, temos os desafios do desenvolvimento sustentável da Amazônia, as relações comerciais e a colaboração científica e tecnológica entre os países amazônicos (entre eles, além do Brasil, o Peru, Colômbia, Equador e Venezuela), as políticas científicas e de inovação, os desastres ecológicos e as chamadas fendas sociais.

O desenvolvimento sustentável da Grande Amazônia, um espaço transfronteiriço que abrange nove países sul-americanos, é um dos grandes desafios do nosso tempo e para enfrentá-lo é essencial que adotemos estratégias e políticas públicas integradas envolvendo o esforço conjunto dos estados e respectivas sociedades nacionais que hoje compartilham essa imensa região de importância planetária.

Diante das escalas envolvidas e da complexidade das características naturais, econômicas e sociais amazônicas, é essencial que essas políticas conjuntas priorizem, ao máximo, investimentos maciços em ciência e tecnologia como fator essencial para introduzir e consolidar ali as bases de um desenvolvimento de novo tipo.

Está comprovado que os avanços científicos são atualmente essenciais para gerar alternativas nos sistemas produtivos e na educação em geral, bem como representam fontes de inovação que contribuem para superar as desigualdades sociais. Além disso, as inovações tecnológicas, contextualizadas e implementadas de forma apropriada localmente, podem contribuir para conservar os recursos naturais, utilizá-los economicamente de modo racional e contribuir decisivamente para a geração de oportunidades de renda para as comunidades locais da região.

Que modalidades de políticas públicas - e particularmente as científicas - melhor contribuirão para atingir esses objetivos? Que formas de aplicação/descoberta/inovação podem prevenir e reduzir impactos ambientais e, ao mesmo tempo, elevar os padrões de qualidade de vida das populações da região? De que modo os governos nacionais e a comunidade internacional podem empreender esforços visando a plena integração das suas estratégias e ações para a região e com isso torná-las mais eficientes para enfrentar esses desafios?

Essas são algumas das questões que devem ser abordadas e refletidas durante o seminário organizado pela Academia Brasileira de Ciências e o Centro Brasileiro de Estudos da América Latina, da Fundação Memorial da América Latina, “Amazônia: Desafios e Perspectivas da Integração Regional”.

Os conferencistas e debatedores convidados apresentarão as suas visões sobre esses temas, a partir das suas experiências como dirigentes e estudiosos de instituições públicas e privadas que tratam de políticas públicas voltadas para a integração regional da Amazônia sul-americana, tendo como foco esforços de cooperação nos campos da ciência, tecnologia, inovação, economia e relações internacionais.

Programa 16 de novembro
09:00 – 10:00 Abertura (Autoridades) e Conferência Inaugural (Bertha Becker)
10:00 – 13:00
Mesa 1: Diversidade Sócio-cultural e Integração Sul-americana

Coordenação: Maria Manuela Carneiro da Cunha (Univ. Chicago) / Francisco Pyianko
• Adalberto Veríssimo (Imazon)
• Adriana Ramos (Instituto Socioambiental)
• Ana Valéria Araújo (Fundo Brasil de Direitos Humanos)
• Elaine Elisabetsky (UFRGS)
• Margarita Benavides (Instituto del Bien Común - Peru);

13:00 – 15:00 Almoço

15:00–18:00
Mesa 2: Amazônia: Desafio Científico e Tecnológico para o Século XXI
Coordenação: Adalberto Val (INPA) / Carlos Nobre (INPE)
• Guilherme Leal (Natura)
• Jorge Almeida Guimarães (CAPES)
• Luciano Coutinho (BNDES)
• Luz Marina Mantilla (Instituto Amazônico de Investigaciones Científicas - Colômbia)
• Sergio Machado Rezende (Ministério da Ciência e Tecnologia)

Programa 17 de novembro
9:00 – 12:00
Mesa 3: Ciência, Tecnologia e Inovação como Motores de um Novo Modelo de Desenvolvimento para a Amazônia
Coordenação: Roberto Dall’Agnol (UFPA) / Ima Vieira (Goeldi)
• Fabio Scarano (UFRJ)
• Lúcio Flávio Pinto (Jornal Pessoal)
• Maurílio Monteiro (Secretaria de Desenvolvimento Ciência e Tecnologia do Pará)
• Roberto Waack (AMATA S.A.)

12:00 – 14:00 Almoço

14:00 – 17:00
Mesa 4: Arranjos Multilaterais e Dimensões Estratégicas da Integração Sul-Americana
Coordenação: Bertha Becker (UFRJ) / Tatiana Sá (Embrapa)
• Lia Osório Machado (UFRJ)
• Manuel Picasso (Organização do Tratado de Cooperação Amazônica)
• Mauro Marcondes Rodrigues (Banco Interamericano de Desenvolvimento)
• Wanderley Messias da Costa (USP)

17:00 – 18:00 Conferência de Encerramento

Memorial da América Latina
Av. Auro Soares de Moura Andrade, 664
Metrô Barra Funda – São Paulo – SP
Entrada pelos Portões 1 e 6
Estacionamento (pago - R$10,00), com entrada pelo Portão 8

Vocabulário técnico para geógrafos (inglês-português)

Nas últimas décadas, principalmente pelo efeito do fenômeno da globalização, o Brasil tem recebido em suas livrarias uma vasta quantidade de obras vindas de inúmeras partes do globo e que abordam temas de diversas áreas da Geografia, como a Climatologia, a Geomorfologia, a Geografia da Saúde, a Demografia, a Geografia Urbana entre outras.

Estes livros vêm escritos em sua maioria na língua inglesa e para entendê-los é necessário, sem dúvida, um bom dicionário ao lado ainda mais quando o indivíduo não possui fluência no inglês. Para ajudar na interpretação de textos da área de Geomorfologia, segue abaixo um link para download de um vocabulário técnico direcionado aos geógrafos (inglês-português), retirado da Revista do Instituto do Ceará, vinculada a Faculdade de Ciências e Letras da Universidade Federal do Ceará - Departamento de Geociências.

Esse vocabulário já é um bom início para auxiliar-nos na leitura de textos de Geormorfologia. Claro que para melhorar a compreensão desses textos e de outros (Climatologia, por exemplo) não nos resta dúvida que é preciso participar de um bom curso de inglês.
Para baixar o arquivo, clique no link abaixo e depois clique em "Download file". Digite os caracteres que o programa solicita e pronto, o arquivo em formato pdf estará a sua disposição para leitura.

Boa leitura a todos!

http://www.wikiupload.com/download_page.php?id=187319&code=0ke4

sábado, outubro 17, 2009

Os desafios da política da água no Brasil

Roberto Malvezzi faz a conferência "A Política da Água no Brasil: Desafios para a Sociedade" no dia 22 de outubro, às 14h, no Instituto de Psicologia (IP) da USP.
O evento é uma realização do IEA e do Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social do IP-USP. Malvezzi integra a Equipe Nacional de Agro e Hidronegócio da Comissão Pastoral da Terra e a Equipe de Terra, Água e Meio Ambiente do Conselho Episcopal Latino-Americano.
O evento é gratuito e acontece na Sala 16 do Bloco B do IP-USP, Av. Prof. Mello Moraes, 1.721, Cidade Universitária, São Paulo. O telefone para informações é (11) 3091-4184.

quinta-feira, outubro 01, 2009

Mostra fotográfica Pra lá de Marrakech


O governo da cidade de Embu das Artes e a Secretaria de Cultura convidam para a mostra fotográfica “Prá lá de Marrakech”, de Fabyo Nycodemo, com abertura no dia 2 de outubro de 2009, às 20h, no Centro Cultural Assis do Embu.

As imagens registradas pelo fotógrafo em visita ao Marrocos retratam os encantos das cidades e do deserto, nos 3.500 quilômetros percorridos.
A abertura ocorrerá no dia 9 de outubro às 20hs. A exposição ficará aberta ao público até o dia 31 de outubro, e o horário de visitação é das 9h às 18h.

O Centro Cultural Mestre Assis do Embu, fica no Largo 21 de abril, n° 29, no Centro Histórico de Embu das Artes - SP.

domingo, setembro 27, 2009

IPT abre 113 vagas para estágio

O Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT) iniciou o processo de seleção de 113 estagiários de cursos superiores, de educação profissional e de ensino médio para o Programa IPT Novos Talentos.
O objetivo é criar oportunidades para estudantes de diversas áreas terem contato com situações reais. Os estágios serão realizados na sede do IPT, localizada no campus da Cidade Universitária em São Paulo, e na filial em Franca.
Segundo o instituto, no ato da contratação os candidatos devem estar matriculados do segundo ao quinto ano de seus cursos. As jornadas de trabalho serão definidas de acordo com a carga horária disponível do candidato, o nível e ano de curso, variando de 40 a 120 horas mensais.
O formulário para inscrição das vagas de estágio deverá ser preenchido no site do IPT. Todas as informações sobre o processo seletivo podem ser encontradas no Edital nº 01/2009 e no Aditivo de Abertura de Vagas nº 01/2009, que estão disponíveis no endereço www.ipt.br/trabalhe. Os candidatos deverão preencher as informações solicitadas no link “Inscrições para estagiários”, localizado no canto superior direito da página.
O processo seletivo terá início com uma avaliação de conhecimentos e/ou de competências, cuja forma será definida pela área requisitante. Na fase seguinte, o candidato será convocado para uma entrevista técnica e, caso seja escolhido, realizará o exame médico em janeiro de 2010 para a efetivação e início das atividades.
Onze vagas do total de 113 são reservadas a portadores de necessidades especiais, mas estarão abertas a qualquer candidato caso não sejam preenchidas.
Os selecionados receberão bolsa-auxílio calculada por hora contratada com a área e terão direito aos benefícios de seguro contra acidentes pessoais, restaurante próprio do IPT, transporte em ônibus fretado ou auxílio-transporte, assistência médica ambulatorial e recesso remunerado de 30 dias, no caso de contrato igual ou superior a 12 meses.
Mais informações e inscrições: http://www.ipt.br/trabalhe_vagas_lista.php?qual=vagas

segunda-feira, setembro 21, 2009

Kosovo ainda sem soberania - Independência enfrenta desafios

Ângelo Tiago de Miranda
O mapa-múndi foi modificado novamente a 17 de fevereiro de 2008, com a declaração unilateral da independência de Kosovo, um dos últimos territórios da antiga Iugoslávia a manter-se dependente da Sérvia.
Antes do aparente sucesso dessa independência, houve, ao longo da história, outras tentativas de tornar Kosovo um Estado independente, livre e soberano. Em 1968, a população albanesa de Kosovo realizou uma das primeiras demonstrações pró-independência da província, sendo que as intenções do movimento separatista foram abafadas com a prisão de muitos dos manifestantes pelas forças iugoslavas.
Em 1974, Kosovo tornou-se província autônoma da Sérvia. Com o início do desmembramento da Iugoslávia, em 1991 - nesse período começaram as declarações de independência da Croácia, Eslovênia, Macedônia e, mais tarde, da Bósnia -, os separatistas albaneses declararam outra tentativa frustrada de independência.
A tensão entre separatistas e o governo central da Iugoslávia, liderada pelo presidente nacionalista Slobodan Milosevic, defensor da unificação dos territórios, aumentou em torno de 1998, desencadeando a Guerra do Kosovo.
A Guerra do Kosovo
As intervenções de Milosevic na província começaram em 1998, num esforço para derrubar o Exército de Libertação do Kosovo (ELK), criado em 1996, que tinha iniciado uma série de ataques a alvos sérvios. A situação se intensificou em 24 de março de 1999, quando a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) iniciou os bombardeios em Belgrado e em outras regiões da Sérvia e de Kosovo, numa tentativa de encerrar o conflito.
Ao mesmo tempo, as forças de Milosevic iniciaram uma campanha de limpeza étnica contra os albaneses. Ao todo, cerca de 18.000 pessoas morreram no conflito, enquanto cerca de 1 milhão de albaneses se refugiou nos países vizinhos. Os bombardeios da OTAN, que duraram quase três meses, aliados à pressão da ONU (Organização das Nações Unidas), forçaram Milosevic a recolher suas tropas.
Com o fim do conflito, o Conselho de Segurança da ONU suspendeu o controle de Belgrado sobre Kosovo, que ficou sob administração da própria ONU, enquanto a segurança passou a ser responsabilidade da OTAN. Dessa forma, Kosovo começou a desenvolver suas próprias instituições democráticas, conquistando eleições livres para presidente e primeiro-ministro.
Em abril de 2007, o enviado especial da ONU, o ex-presidente finlandês Martti Ahtisaari, apresentou o plano que oferecia a Kosovo uma "independência supervisionada". Segundo o plano, agências internacionais levariam gradualmente Kosovo à independência completa e à entrada na ONU. Isso evitaria que Kosovo se anexasse à Albânia ou tivesse suas regiões de predominância sérvia separadas para se tornarem parte da Sérvia.
Independência de Kosovo
A 17 de fevereiro de 2008, o primeiro-ministro kosovar, Hashim Thaçi, convocou e realizou uma sessão extraordinária do parlamento, onde os 109 deputados presentes votaram a favor da independência da província, entre aplausos. Enquanto isso, nas ruas da capital, milhares de albaneses, etnia que corresponde a 90% da população, celebravam a decisão que podia colocar um fim em mais de uma década de conflitos que culminaram em centenas de milhares de mortos na Guerra do Kosovo.
Hashim Thaçi solicitou também o envio de uma missão internacional, liderada pela União Européia, para substituir a missão da ONU que administrava a província desde 1999.
A independência desencadeou uma série de reações contrárias - e algumas a favor - na comunidade internacional. Imediatamente após o fim da sessão no parlamento kosovar, países como Sérvia, Rússia, Bósnia-Herzegovina e Montenegro, China, Espanha, Chipre, Grécia, Eslováquia e Romênia rejeitaram a declaração.
O primeiro-ministro sérvio, Vojislav Kostunica, chamou Kosovo de "falso estado", enquanto o então presidente russo Vladimir Putin classificou a declaração de independência como "imoral e ilegal", pois reacenderia os conflitos na região dos Bálcãs.
Além disso, o discurso antisseparatista de Putin foi engrossado pelo então Ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov. Segundo o ministro, seria a primeira vez que ocorreria a separação de uma região de dentro de um Estado soberano, o que, de acordo com ele, poderia acirrar conflitos semelhantes em outras 200 regiões em todo mundo.
Um dia depois da declaração, os Estados Unidos reconheceram a independência de Kosovo, assim como Austrália, Albânia, Afeganistão e Turquia. Os EUA eram um dos principais defensores da independência do país, e apoiavam o plano do emissário da ONU. Condoleezza Rice, então secretária de Estado americana, afirmou que os EUA e Kosovo iriam firmar relações diplomáticas e "fortalecer os laços de amizade".
França, Reino Unido, Alemanha e Itália também assumiram essa posição, logo após uma reunião da União Europeia, que, em decorrência da "particularidade da situação", deixou a cargo de cada país decidir como iria se posicionar.
Além da resposta dos países, houve uma reação contrária por parte da minoria sérvia da população kosovar, cerca de 5% da população (estima-se que 120 mil pessoas façam parte dessa minoria). Os sérvios são predominantes no norte do território de Kosovo, na região do rio Ibar. Havia o risco de eles responderem a uma declaração de independência proclamando sua própria autonomia, erguendo barricadas nas principais estradas e criando verdadeiras fronteiras.
Poucos dias após o ato de independência dos kosovares albaneses, em Belgrado, capital da Sérvia, mais de 5.000 pessoas protestaram, dando continuidade às manifestações, às vezes violentas, durante vários dias. Protestos também aconteceram em Kosovo, nas localidades onde os sérvios são maioria.
Em Kosovska Mitrovica, cidade dividida ao norte do território, os manifestantes gritavam que "o Kosovo é a Sérvia para sempre". No dia 19 de fevereiro de 2008, centenas de manifestantes sérvios destruíram postos de controle da ONU instalados na fronteira de Kosovo. No dia 21, a embaixada dos Estados Unidos em Belgrado foi incendiada.
De acordo com um dos líderes sérvio-kosovares, Olivier Ivanovic, "os sérvios do norte do Kosovo não vão reconhecer a independência, não vão reconhecer a nova administração e vão continuar se considerando parte da Sérvia". Vuk Jeremic, ministro sérvio das Relações Exteriores, advertiu que "a arrasadora maioria dos sérvios do Kosovo optarão por se dissociar da decisão da independência".
Apesar do "plano Ahtisaari" de "vigilância internacional" estabelecer uma estrita proteção para os mais de 100 mil sérvios que vivem no Kosovo, isso não foi suficiente para pôr fim ao desejo de eles seguirem como território sérvio. A missão da ONU, que depois foi substituída pela missão da União Europeia, conseguiu, mesmo assim, impor sua administração no norte, onde Belgrado instalou instituições paralelas: justiça, educação e saúde.
Dessa forma, parece que as autoridades sérvias tinham em mente há tempos uma eventual divisão da província, apesar de nunca terem proposto isso de forma oficial. "Toda a infraestrutura do norte, a eletricidade, a água, o abastecimento, a telefonia etc., está pronta para se conectar à Sérvia", comentou um jornalista sérvio-kosovar.
A dura posição dos sérvios estava simbolizada no norte por inúmeros retratos do então presidente russo Vladimir Putin, visíveis nas ruas. Isso demonstra o quanto Moscou apoia Belgrado em todos os seus esforços para impedir a independência da província.
Alguns temem contínuos atos de violência. "Haverá tiros se os albaneses tentarem exercer o poder no norte, franco-atiradores emboscando as duas partes. Mitrovica parecerá Beirute durante anos", afirma o dirigente sérvio Olivier Ivanovic. Já o analista político Dugolli, diz que teme que haja um segundo Chipre no Kosovo. Para ele, "todo mundo reconhecerá a independência de Kosovo, mas no terreno teremos uma divisão que só será reconhecida por um país, como acontece em Chipre".
Consciente do risco, a OTAN, que mobilizou desde o final da guerra cerca de 17 mil homens no Kosovo, acabou reforçando seus efetivos com mais de 500 soldados italianos, que se somaram a 7 mil policiais locais e um contingente de 1.500 oficiais da polícia da ONU.
A declaração de independência de Kosovo, portanto, ainda é uma questão em aberto, que pode se desdobrar em acontecimentos nada pacíficos.
A dificuldade de ser independente
Nas comemorações do aniversário da independência, a 17 de fevereiro de 2009, nenhuma atmosfera festiva provocava emoção em Pristina, capital do Kosovo. A euforia havia acabado. Kosovo comemorou o primeiro aniversário de sua independência sem demonstrar satisfação, pois somente 54 membros da ONU reconheceram o novo país.
Na própria União Europeia, cinco dos 27 países membros - Espanha, Chipre, Grécia, Romênia, Eslováquia - continuam a não tratar Kosovo como Estado soberano.
Segundo o primeiro-ministro Hashim Thaçi, "a proclamação da independência não resolve todos os problemas, mas abre possibilidades". Há ainda um intenso trabalho diplomático no sentido de tornar Kosovo membro da União Europeia e da OTAN. Para Thaçi, Kosovo conseguiu construir uma sociedade democrática multiétnica, com direitos garantidos para os sérvios, desmentindo as previsões mais sombrias, que especulavam que, em 2008, Kosovo seria marcado por crises de violência étnica entre kosovares e sérvios.
Após a independência, uma força armada e um serviço de informação foram criados. Mas, apesar desses atributos de soberania, Kosovo continua sendo um pequeno corpo sem outro recurso além do garantido pela ajuda internacional.
Separado da Sérvia ao fim de um processo desacreditado por Belgrado, que se recusa a considerar a independência definitiva, Kosovo quer acreditar em seu futuro europeu, mas é difícil dizer quem realmente governa esse país de cerca de 2 milhões de habitantes, pois a sobreposição de responsabilidades entre governo e organizações internacionais causa dor de cabeça nos especialistas.
"Kosovo é um monstro administrativo, não sabemos onde está o poder real", resume o opositor Blerim Shala, da Aliança para o Futuro de Kosovo. Já o chefe da missão da ONU em Kosovo, Lamberto Zannier, diz que "devido a uma transição inacabada, todo mundo está emperrado aqui. Existe, portanto, uma presença [estrangeira] excessiva, mas, infelizmente, inevitável".
O poder kosovar se depara ainda com diversos desafios a serem superados: entre os principais, o do desenvolvimento econômico e o da autoridade nas zonas de povoamento sérvio, pois, para a Sérvia, Kosovo ainda não é uma história encerrada.
Poucos investidores estrangeiros se arriscam a colocar dinheiro em Kosovo, uma das regiões mais miseráveis da Europa, e parte da infraestrutura que a região tem é "emprestada" de fora, como a rede de celular e de eletricidade. O desemprego beira os 50% e não há indústrias. Nem passaportes Kosovo emite, pois é administrado pela ONU.
O novo país é majoritariamente muçulmano, mas com uma fervorosa adoração ao Ocidente, razão pela qual os kosovares esperam que a independência abra caminho para que o dinheiro chegue. Nada indica, porém, que será um futuro tranquilo.

terça-feira, setembro 08, 2009

VI Semana de Geografia - USP


Estão abertas as inscrições para as oficinas da VI Semana de Geografia, promovida pelos docentes e discentes do Departamento de Geografia da Universidade de São Paulo.
O valor de cada oficina é de apenas R$10,00 e elas ocorrerão sempre aos sábados, algumas das 8h às 12h e outras das 14h às 18h. Segue abaixo o cronograma. Para a inscrição e maiores informações, acesse o site do evento: http://www.geografia.fflch.usp.br/. É necessário se apressar, pois restam poucas vagas.

Dia 19 de Setembro
1 - Trabalho de Campo Com Baixo Custo em Geografia - Grupo de Estudos Geograficidade Paulistana
2 - A Cartografia digital na Escola - Jorge G. Graça Raffo e Natalia Golubeff
3 - A Cartografia Tatil e a Inclusão na Sala de Aula: Construção e Uso de Mapas Táteis - Waldirene Ribeiro do Carmo e Carla Cristina Reinaldo Gimenes de Sena
4 - Geografia, Escola e Periferia - Jackeline Vicentini e Gustavo Pietro
5 - O Ensino de Geografia e o Uso do Vídeo em Sala de Aula - Gloria da Anunciação Alves
6 - Ser-tão. Entre a Geografia e a Literatura de Rosa - Suelen Pelissaro
Dia 26 de Setembro
7 - O Cinema nas Aulas de Geografia - Rosiete Marcos Santana
8 - A Importância da Geografia na Aprendizagem da Orientação Espaço Temporal - Maria Elisa Miranda
9 - Turismo e Estudo do Meio - Ari da Silva Fonseca Filho
10 - Geografia em Canção - Valéria de Marcos
11 - Geografia e Literatura - José Raimundo Souza Ribeiro Junior
12 - A Escala a Projeção e Métrica: Discussão e Pratica dos Elementos que Compõem o Fundo do Mapa - Fernanda Padovesi
Dia 3 de Outubro
13 - O Uso Pedagógico do Audiovisual no Ensino da Geografia - Equipe DocumentAGRO
14 - Entendendo Melhor o Clima em Sala de Aula - Sergio Serafini
15 - Populações Tradicionais no Estado de São Paulo: Caiçaras e Quilombolas - Julio César Suzuki, Antonio de Assis, Ana Paula Gomes, Denise de Souza, Fabiano Felix, Fernando Soares
16 - Metodologia de Pesquisa: Pensando o Trabalho de Graduação Individual (TGI) - Everaldo Batista da Costa
17 - Ensinar/Aprender Geografia a Partir de Algumas Considerações da Cultura Brasileira - Heitor A. Paladim Jr.
18 - Recursos Hídricos Paulistas no Ensino de Geografia - Grupo de Estudos Geograficidade Paulistana
19 - A Construção do Mapa Temático em Sala de Aula - Pedro de Carvalho, Francisco Leal, Pedro Serrer, Cássio Garcia

quinta-feira, agosto 27, 2009

Blog de Geografia do UNIFIEO recebe avaliação 5 estrelas, segundo avaliação de site Universia

Em avaliação recém realizada pelo site Universia,(27/08), o blog do curso de Geografia do Unifieo recebeu 05 estrelas em relação à sua elaboração, proposta e utilidade, segundo avaliação da própria equipe de site e também da indicação de usuários. "O Blog é mantido pelos alunos e professores do Curso de Geografia do UNIFIEO. Possui excelentes informações acerca do trabalho do geógrafo, dica de eventos na área de Geografia e, além disso, artigos sobre meio ambiente."



Essa indicação realizada pelo site é uma proposta de revelar portais uteis aos usuários da rede, que buscam informações precisas sobre temas variados, pois na página atualizada constantemente outros blogs e sites também são indicados (freevectors.com, ebay.com e clubedexadrez.com.br).


Velho conhecido dos usuários que buscam informações sobre instituições de ensino, cursos de graduação e pós, além de intercambios, programas de estágio e trainee, concursos e algumas vagas de emprego, o site do Universia é um sitio completo para quem pesquisa sobre estudos no Brasil e em outros países.
Estar entre os mais indicados tendo relevadas caracteristicas unicas aos blog, faz reconhecer o mérito daqueles realizam (ou realizaram de alguma forma) este blog, aos alunos e aos professores. Em seu pouco "tempo de vida" - no sentido de virtual - já é também um mérito a este blog, quem vem a colaborar (e receber as colaborações que o fizeram o mais bem avaliado entre tantos outros) com a proposta de participação no universo academico e científico da ciencia Geografia.
Parabens à todos que leem, publicam e divulgam este blog.

sexta-feira, agosto 21, 2009

UM PROFESSOR - GEÓGRAFO GENEROSO

Jaime Oliva
Essa nota eu não queria ter que publicar. É com grande tristeza que comunicamos a morte do professor de geografia Tito Márcio. Ele faleceu no dia 14 de agosto. Muito conhecido por seus trabalhos didáticos e por sua trajetória em várias escolas, Tito nos brindou com sua presença durante três anos no curso de Geografia do Unifieo (até o ano 2008). Grande professor, dono de enorme experiência, ele poderia estar ao lado dos professores da casa ministrando cursos, e certamente o faria com brilho. No entanto, era como aluno que ele ali estava. Não precisava, mas buscava resolver algumas questões legais de sua formação. A memória que tenho dele é a melhor possível. Tive o privilégio de desfrutar longas conversas sobre ensino, sobre a geografia, sobre a vida. É difícil nessa hora em que tomo conhecimento da notícia admitir, mas ele não está mais aqui. Queria ressaltar algo que me chamou muita atenção durante sua passagem na Geo Fieo. Todo seu saber e sua experiência profissional não eram exibidos com pedantismo. Ele era delicado, não queria impressionar, não queria ferir os outros colegas. Tomava cuidados, era educado e principalmente generoso. Sua presença, com todo o inusitado da situação, não incomodava, ao contrário ajudava. Sua civilidade não segregava, ao contrário integrava. Belo exemplo de uma grande pessoa, de uma pessoa generosa, num tempo em se multiplicam exemplos inversos. Perda irreparável para os seus, perda irreparável para todos nós.

sexta-feira, julho 31, 2009

Livro sobre posicionamento por satélites está disponível para download gratuito

A versão digital do livro "GPS Posicionamiento Satelital", escrito pelos especialistas EduardoHuerta, Aldo Mangiaterra e Gustavo Noguera, está disponível paradownload gratuito.

Publicada pela Universidade Nacional de Rosario (UNR), em julho de2005, a obra tem o objetivo de difundir os fundamentos doposicionamento satelital, mais especificamente do sistema GPS.

Escrito em espanhol, o livro é destinado a estudantes e à população emgeral, com grande aproveitamento para a área de engenharia em suasdiversas ramificações.

Para baixar o livro, acesse: http://www.fceia.unr.edu.ar/gps/GGSR/libro_gps.pdf

quinta-feira, junho 18, 2009

Seminário Milton Santos no IEB-USP - Fotos, áudio e vídeo

Para quem não pode ir eis algumas fotos do evento, o áudio contendo a fala do professor Ricardo Mendes Antas Jr. e um pequeno vídeo do ambiente que rolou no dia! Ok. Vou me abster de fazer comentários, mas todos podem fazer com base na fala do Professor Ricardo!





Vídeo do local da palestra! O pessoal estava bem interessado!

Áudio com a palestra! Só gravei a parte do Professor Ricardo Mendes! Deu meia hora! Quem quiser baixar clique aqui



segunda-feira, junho 15, 2009

Vestibular de Inverno - Curso de Geografia

O Centro Universitário FIEO - UNIFIEO, que forma profissionais com reconhecimento no mercado desde 1967, oferece no seu vestibular de inverno, 60 vagas para o curso de Licenciatura Plena e Bacharelado em Geografia com bolsa de 50% no valor da mensalidade!
O curso de Geografia é reconhecido pela Portaria MEC nº 547/02, de 4/03/02. Serão oferecidas 60 vagas no período matutino (uma turma) e com duração 6 semestres.
Em relação aos docentes, no curso de Geografia 61% dos professores são mestres e 39% são doutores. Conheça a grade curricular do curso.
O UNIFIEO é reconhecidamente uma instituição de qualidade e tradição, ocupando a 7ª colocação no ranking dos melhores Centros Universitários do Estado de São Paulo, segundo o MEC.
2º VESTIBULAR TRADICIONAL
De 08 à 26 de junho de 2009, encerrando-se no dia 25 de junho as inscrições feitas pela Internet. A prova ocorre em 29 de junho das 9 às 12 horas.
Inscrições:
- na Sala do Vestibular campus Vila Yara na Av. Franz Voegeli, 300 – Vila Yara – Osasco, SP, de 8 de junho a 26 de junho, de segunda a sexta-feira das 9h às 21h, e aos sábados das 9h às 13h.
- na Secretaria Geral campus Narciso na Rua Narciso Sturlini, 883 – Bela Vista – Osasco, SP, de 8 de junho a 26 de junho, de segunda a sexta-feira das 9h às 21h, e aos sábados das 9h às 12h.
pela internet, site http://www.unifieo.br/, de 8 de junho a 25 de junho.
Valor da inscrição: R$ 20,00
Informações, ligue grátis: 0800-17-1967

terça-feira, maio 26, 2009

Seminário Milton Santos no IEB-USP

Na ocasião em que o Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo recebe em doação a biblioteca e arquivo do professor Milton Santos, a realização deste seminário propõe-se a problematizar, de forma interdisciplinar, as categorias elaboradas e desenvolvidas pelo intelectual para três níveis de análise: a Cidade, o Brasil e o Mundo Hoje nos seus desafios e perspectivas.

Apresentação Vozes Dissonantes - Denise Stolcklos

Dia 16 de junho às 18hs
Abertura
Profa. Ana Lanna (Diretora IEB)
Prof. Murilo Marx (FAU/USP)
Prof. Manoel Lemes da Silva Neto (PUC Campinas)
Profa. Flávia Grimm (Geografia/USP)

Lançamento de livro da coleção Milton Santos EDUSP
Prof. Plínio Martins Filho (Diretor EDUSP)

Coquetel

17 de junho de 2009
10h
O território usado e a perversidade da crise.
Fábio Betioli Contel (Geografia/USP)
Bob Fernandes (Terra Magazine)
Antonio Carlos Robert de Moraes (Geografia/USP)

14h
Formações socioespaciais do Terceiro Mundo: qual é hoje o desafio?
Ana Clara Torres Ribeiro (IPPUR/UFRJ)
Mónica Arroyo (Geografia/USP)
Ricardo Mendes Antas Jr. (Geografia/USP)

17h
O Meio Técnico Científico Informacional: a cara geográfica da globalização.
Naomar Monteiro de Almeida Filho (Reitor da UFBA)
Renato Ortiz (IFCH/Unicamp)
Saint-Clair Cordeiro da Trinidade (UFPA)

18 de junho de 2009
10h
O espaço dividido nas cidades do século XXI.
Maria Laura Silveira (Geografia/USP)
Maria Ângela Faggin Pereira Leite (FAU/USP)
Ladislau Dowbor (PUC/SP)

14h
A força do lugar: na encruzilhada das verticalidades e horizontalidades.
Adriana Bernardes (Geografia/Unicamp)
Samira Peduti Kahil (UNESP/Rio Claro)
Maria de Azevedo Brandão (UFBA)

17h
Encerramento.

Organização:
Ana Lúcia Duarte Lanna (Diretora IEB/USP)
Antonio Carlos Robert de Moraes (Dep. de Geografia FFLCH/USP)
Monica Arroyo (Dep. de Geografia FFLCH/USP)
Maria Ângela Faggin Pereira Leite (Dep. de Projetos FAU/USP)

Local:
Instituto de Estudos Brasileiros
Av. Prof. Mello Moraes, trav. 8, n.140 - Cidade Universitária, São Paulo – SP
Informações:(11) 3091-1149
difusieb@usp.br
www.ieb.usp.br

Realização:
Instituto de Estudos Brasileiros/USP
Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo/USP
Programa de Pós-Graduação em Geografia Humana FFLCH/USP

sábado, maio 23, 2009

Acesso livre aos livros de Paulo Freire

Preciosidades da obra do pedagogo libertário Paulo Freire estão desbloqueadas para impressão. São 9 (nove) livros importantíssimos de um pensador brasileiro comprometido profundamente com as causas sociais e a educação brasileira.

O material é inovador, criativo, original e tem importância histórica inédita.

Baixe todos os livros gratuitamente: http://clinicadotexto.wordpress.com/2009/04/07/acesso-livre-aos-livros-de-paulo-freire/

segunda-feira, maio 18, 2009

Aquecimento global e sustentabilidade

25/5/2009 - 2ª feira - Horário:19:00

O Fórum Permanente de Debates do CIEE sobre a Realidade Brasileira convida para a palestra, seguida de debates:
"Aquecimento global e sustentabilidade"

PALESTRANTE: Antonio Carlos de Mendes Thame - Deputado federal (PSDB-SP) em seu 5º mandato e presidente da Executiva Estadual do PSDB de São Paulo. É professor licenciado do Departamento de Economia da ESALQ (USP) e advogados pela PUC (Campinas).
LOCAL:
CIEE - Auditório Mario Amato
Rua Tabapuã, 540 - Mezanino
Itaim Bibi - São Paulo - SP

EXTRAS:
Haverá estacionamento gratuito à Rua Tabapuã, 445 - Itaim Bibi - São Paulo/SP.
18h30min. - Recepção e distribuição das pastas institucionais
19h - Apresentação do palestrante
19h20min. - Início da palestra
21h - Previsão de término e coquetel de confraternização

sábado, maio 09, 2009

XI Semana de Geografia do UNIFIEO - 12/05/2009 a 16/05/2009

Palestras e exibição de filmes:
Dias 13, 14 e 15 de maio de 2009, a partir das 8h
Anfiteatro "Prof. Luis Carlos de Azevedo Filho" - Bloco amarelo
Dia 13/05
8h - "Marketing Geográfico" - Susana Figoli (ION)
9h30 - Exibição de filme sobre o cotidiano escolar.
Dia 14/05
8h - "Pierre Monbeig e a Geografia Paulista" - José Pereira de Queiroz Neto (USP/UNIFIEO)
9h30 - "Plano de Manejo Parque Estadual da Cantareira: Zoneamento" - Kátia Mazzei (IF/UNIFIEO)
Dia 15/05
8h - "Representações cartográficas: Dasimétrico, Anamorfoses e Coremas" - Eduardo Dutenkefer (PJ/UNIFIEO)
9h30 - "APROGEO-SP: a atuação e as perspectivas profissionais do Geógrafo perante as novas tecnologias" - Nilcéia Bianchini e Cassiele Moraes Chagas (APROGEO-SP)
Exposição:
"Centenário de Nascimento do Geógrafo Pierre Monbeig (1908-1987)"
Dias 12 a 16 de maio de 2009
Salão de Exposições - Bloco Branco

quinta-feira, abril 30, 2009

10º Encontro Nacional de Prática de Ensino em Geografia

Os Encontros Nacionais de Práticas de Ensino em Geografia – ENPEG – são organizados regularmente a cada biênio desde 1985. Entre 30, 31 de agosto e 01 e 02 de setembro de 2009, será realizado em Porto Alegre, no Campus Central da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, o X ENPEG.

O Ensino de Geografia e suas Composições Curriculares é a temática geradora para problematizar questões referentes a inclusões sociais, práticas de ensino, livro didático, projeto de sociedade, escola contemporânea, formação docente, aprendizagens, através de conferências, mesas redondas, e grupos de diálogos.

Mais informações no link:http://www.ufrgs.br/Faced/enpeg/

2º SIMPÓSIO NACIONAL O RURAL E O URBANO NO BRASIL

O 2º Simpósio Nacional o Rural e o Urbano no Brasil vem, neste encontro, discutir as relações entre o rural e o urbano na produção geográfica brasileira, com o objetivo de trazer para discussão temas polêmicos e de importância significativa para a investigação das relações entre campo e cidade.

Portanto, no período de 27 a 29 de maio de 2009, a comunidade acadêmica constituída por pesquisadores, professores e estudantes de Geografia e áreas afins estará no Rio de Janeiro aprofundando este debate.As atividades programadas para este evento procuram contemplar as mais recentes discussões no âmbito da Geografia Agrária e da Geografia Urbana, a fim de permitir um aprofundamento e uma reflexão no tema norteador do evento.

O rural e o urbano, o campo e a cidade têm sido discutidos como realidades socioespaciais. No entanto, os debates teórico e conceitual estão dispersos em vários trabalhos e refletem uma preocupação de se constituir no centro das análises.

Eventos importantes como o Simpósio Nacional de Geografia Urbana, Encontro Nacional de Geografia Agrária, Simpósio Internacional de Geografia Agrária, Encontro de Grupos de Pesquisa Agricultura, Desenvolvimento e Transformações Sócioespaciais e Simpósio Internacional sobre Cidades Médias, têm se constituído em espaços privilegiados de discussão.

Destarte, o objetivo desse Simpósio é o de aprofundar os debates realizados entre o rural, o urbano, o campo e a cidade no Brasil, incorporando a tradição da reflexão geográfica e dando lugar a novas matrizes de leitura destas realidades socioespaciais.

Serão privilegiadas as pesquisas que trabalhem integradamente o rural e o urbano em escala local, regional, nacional, rompendo com o formalismo reducionista do rural definido a priori, por exclusão do urbano, como até aqui, e que reforcem o espacial/territorial, mas em complexos espaciais/territoriais mais amplos que permitam ver regiões com caracterísitcas, mais ou menos rurais, cidades em regiões rurais e agropecuária em regiões urbanas.

O evento contará com os seguintes eixos temáticos:
1) O campo e a cidade no Brasil do passado; 2) Dilemas na conceituação da cidade e do urbano no Brasil; 3) Dilemas na conceituação do campo e do rural no Brasil; 4) Ruralidades e Urbanidades presentes no território brasileiro.

A partir dos eixos temáticos serão organizadas as conferências de abertura e enceramento, as mesas redondas e as comunicações livres. O Simpósio será estruturado em duas conferências, três mesas redondas e comunicações livres, conforme programação

Local: Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJConferência e Mesas: Capela Ecumênica Comunicações Livres: Salas do IGEOG

PROGRAMAÇÃO
Dia: 27/5/09 – quarta-feira
10h - 14h– Credenciamento
14h30 – Abertura 2º SIMPÓSIO NACIONAL O RURAL E O URBANO NO BRASIL
15h – Conferência de abertura “O urbano e o rural, o campo e a cidade na produção geográfica brasileira”. Prof. Dr. Roberto Lobato Correa (UFRJ).
16h -18h30 – Mesa I “A relação campo x cidade na perspectiva da geografia agrária” Julio Cesar Suzuki (USP), Rosa Medeiros (UFRGS), Denise Elias (UECE). Mediador Augusto Pinheiro (PUC-RJ).
18h – Confraternização

Dia: 28/5/09
8h30 -12h – Comunicações Livres
12h – 14h – Almoço
14h -16h – Comunicações Livres.
16h30 -18h30 – Mesa II – “A relação cidade x campo na perspectiva da geografia urbana”. Maria Encarnação Beltrão Spósito (UNESP Presidente Prudente), Beatriz Ribeiro (UFU), José Borzachiello da Silva (UFCE). Mediador Miguel Ângelo Ribeiro (UERJ).

Dia: 29/5/09
08h30-12h – Comunicações Livres
12h – 14hh – Almoço
14h -16h – Mesa III: IBGE: coleta de dados e a produção de informações sobre campo e na cidade. Adma Hamam de Figueiredo (IBGE), Maria Luisa Castello Branco (IBGE), Antônio Carlos Simões Florido (IBGE), Luis Antônio Pinto Oliveira (IBGE). Mediadora Ivete Oliveira Rodrigues (IBGE).
17h00min – 18h00min: Conferência de encerramento “Urbanidades e ruralidades na investigação do campo no Brasil” pelo prof. Dr. João Rua (UERJ e PUC-RJ).
18: 00 - Encerramento

Mais informações no link: http://www.planetaorganico.com/agr-urbana.htm

sábado, abril 25, 2009

Serra da Meruoca torna-se área de proteção ambiental

A Serra da Meruoca, situada ao norte do Ceará, conhecida por sua beleza natural, quedas d'água, riachos, trilhas e clima agradável, foi transformada em área de proteção ambiental (APA) pela Lei 11.891/09. A nova legislação vai permitir proteção da flora e da fauna de 608 hectares da serra, situada a 18 quilômetros da cidade de Sobral e a 257 quilômetros de Fortaleza.

A partir de agora, serão adotadas medidas para melhorar a qualidade de vida da população, disciplinar as atividades desenvolvidas na área, ordenar o turismo e despertar as crianças para a educação ambiental. Hoje, mais de 40% das vertentes da serra encontram-se em processo de degradação. Desmatamento, queimadas, extração de granito, uso de agrotóxicos, lixo e assoreamento de riachos são alguns dos problemas.

Foram vetados dois dispositivos da lei por existirem duas cidades incluídas nos limites da APA: o que proibia a implantação de projetos de urbanização, realização de obras de terraplanagem, atividades agrícolas e abertura de estradas e de canais; e o que vedava o despejo, nos cursos d'água abrangidos pela APA, de quaisquer efluentes, resíduos ou detritos.

A justificativa dos vetos é de que essas proibições poderiam criar entraves para a gestão de infraestrutura e serviços urbanos. A proposta que deu origem à lei, do senador Inácio Arruda (PCdoB-CE), contou com a participação de prefeitos, parlamentares e pesquisadores da Universidade Estadual Vale do Acaraú, da Fundação Cepema e da Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace).

terça-feira, abril 07, 2009

Palestra Epicentro Web 2.0: Palestra sobre Geoprocessamento no Rio de Janeiro

Esta é uma palestra que foi realizada no Rio de Janeiro sobre a convergência entre Política (deputado), Universidade (alunos e estagiários), Sociedade (sociedade civil) e novas tecnologias. O georeferenciamento é um elemento central da palestra. O político chamado Índio e sua equipe (envolvendo geógrafos) mapearam o Rio de Janeiro e produziram mudanças significativas na sociedade.




Os slides

terça-feira, março 24, 2009

Governo de SP manda recolher 500 mil livros de geografia com 2 Paraguais

A Secretaria de Estado da Educação de São Paulo determinou o recolhimento dos 500 mil livros de geografia com erros distribuídos para alunos da sexta série do ensino fundamental. No livro, que leva o nome de "Caderno do Aluno", o Paraguai aparece duas vezes no mapa da América do Sul e a localização do Uruguai está invertida com o Paraguai. O erro se repete também no livro do professor. Outra incorreção é a não-inclusão do Equador no mapa "Fronteiras Permeáveis". Sem isso, o aluno não tem informação para responder à seguinte questão, na página ao lado do livro: "Quais são os países sul-americanos que não fazem fronteira com o Brasil?"

A pasta do governo de José Serra (PSDB) determinou que a Fundação Vanzolini, responsável pela edição do material didático, faça a troca dos livros com erros. A fundação irá arcar com todos os gastos desta troca, incluindo impressão e distribuição. O material começou a ser distribuído na rede, mas não há informação se já chegou a a todas as escolas do Estado. De acordo com a secretaria, o "Caderno do Aluno" é um material complementar que não substitui o material didático. Ele é utilizado em conjunto com os materiais destinados aos professores.

A correção foi disponibilizada na semana passada para os professores estaduais no site da secretaria ou também no www.saopaulofazescola.sp.gov.br. Estudantes e professores foram informados da correção nas páginas do governo na semana passada. Erros

Um professor de São José do Rio Preto disse que identificou a falha no mapa em sala de aula. O erro foi motivo de piada entre os alunos. Segundo ele, há erros em quase todos os cadernos, mas, geralmente, são de grafia, não de informação. Cingapura, por exemplo, foi grafado com "s". Mas o erro do mapa, diz, "é gravíssimo". "Um horror e um erro gravíssimo", concorda Sonia Castellar, professora de metodologia do ensino em geografia do curso de pedagogia da USP (Universidade de São Paulo).

"Esse material do Estado não está passando por avaliação rigorosa", disse.
Um outro docente de geografia, de Franca, disse já ter notado erros em outras apostilas. Segundo ele, é comum haver exercícios no caderno do aluno que não se repetem no livro-manual do professor, e vice-versa, além de exercícios sem resposta no livro do docente.Uma coordenadora pedagógica de uma escola estadual de Ribeirão Preto (interior do Estado) disse que o governo estadual orienta as escolas a periodicamente observar no site as erratas dos cadernos.


Ela diz que, além do mapa, detectou no site erratas no caderno do aluno de outras séries nas disciplinas de arte, história, geografia, inglês e matemática. No entanto, ela não quis mostrar à Folha esses outros erros. A Fundação Vanzolini diz que o material é desenvolvido por professores indicados pela secretaria e que cumprirá a determinação do órgão, de recolher os livros com erros.


quarta-feira, março 18, 2009



Geoprocessamento e Pesquisas de Mercado

O poder da localização na gestão pública e privada

Por Eduardo de Rezende Francisco

Quem nunca foi abordado por um pesquisador interessado em saber sua opinião ou satisfação sobre um produto ou serviço? Ou sobre sua intenção de voto em um candidato a uma eleição política? Acho que a maioria não foi, mas, acreditem, muitos já foram.

Sem dúvida, as pesquisas realizadas em campo (entrevistas na rua, em pontos de grande fluxo de pessoas, em domicílios, em locais de trabalho, em lojas, por telefone, etc.) são um grande instrumento para que a perspectiva do consumidor, cliente, contribuinte ou cidadão seja coletada e utilizada como insumo para gestão, em seu sentido mais amplo. Seu uso, combinado com Sistemas de Informação Geográfica (GIS), pode ser um grande diferencial para quem conhece geotecnologia.

A característica mais importante desse instrumento é que a coleta de informações de pesquisas de campo está sempre associada a uma localização no espaço. Essa localização pode ser o próprio local da entrevista ou uma característica do entrevistado (endereço residencial ou comercial, por exemplo).

Pesquisas realizadas sob encomenda, ou que sejam totalmente planejadas pelos solicitantes, podem obter essas informações diretamente, ou buscá-las em um cadastro mais amplo com as características dos entrevistados (se forem clientes da empresa, por exemplo). Com o amplo barateamento de dispositivos computacionais e de localização, as pesquisas recentes já podem ser realizadas por pesquisadores dotados de GPS, que no momento da entrevista já coletam as informações desejadas e associam-nas à posição geográfica de sua realização. O recente Censo Agropecuário do IBGE foi conduzido dessa maneira.

A coleta da localização espacial normalmente se dá a partir de um mapa em campo (assinalado), com o uso de GPS, com a anotação do endereço em que a entrevista foi realizada, ou a complementação do endereço do entrevistado a partir de sua identificação em um banco de dados específico.

A associação de um endereço a uma localização no espaço é a principal porta de entrada da contribuição que os GIS podem dar a aplicações ligadas a geomarketing e gestão pública ou privada. Já tratamos disso em inúmeras oportunidades (ver, por exemplo, o artigo “Eixo de Logradouros – Conceitos e Benefícios” nas edições 41 e 42 da revista InfoGEO). Basta que tenhamos uma base de trechos de logradouros e um serviço de busca por endereço ou geocodificação, que conseguimos colocar um endereço no mapa. Endereços (ruas e números) e/ou CEPs permitem essa associação, que nem sempre é trivial se temos endereços incompletos, incorretos ou bases de dados antigas, sem as informações de nomes de ruas e limites de numeração.

Qualquer ferramenta Desktop GIS de mercado permite que se faça esse trabalho. É necessário, no entanto, que se tenham mapas atualizados de trechos de logradouro, o que é a parte mais demorada e custosa do processo. Uma alternativa altamente recomendada é usar e abusar dos serviços de busca por endereço nos sites de mapas da internet. Desde o mais famoso Google Earth até os similares nacionais, todos mantêm bases atualizadas das principais cidades brasileiras. Muitos outros sites permitem que se faça o processo batch de geocodificação – você pode passar uma lista ou tabela de endereços e o sistema irá retornar-lhe as coordenadas geográficas dos endereços fornecidos. Além disso, o Google Maps API disponibiliza esse recurso para quem quiser incorporá-lo em uma aplicação.

A figura a seguir descreve como esse processo pode ser realizado e quais são os elementos importantes que devem estar associados à base de trechos de logradouros.

Geocodificação em São Paulo
Geocodificação (por endereço ou CEP) em São Paulo

O interessante em usar dados de pesquisas é que nem sempre as informações espaciais estão na granularidade desejada. Muitas pesquisas de campo não são “espacialmente orientadas”, apesar de serem, essencialmente, “espacialmente coletadas”. Nesses casos, as informações da localização espacial do elemento coletado acabam sendo abrangentes, vagas, imprecisas ou mesmo faltantes. Em outras palavras, nem sempre conseguimos chegar a pontos no mapa. É muito comum termos como referência espacial simplesmente o município ou distrito em que a pesquisa foi realizada. Algumas pesquisas destacam apenas o CEP do entrevistado, ou procuram cobrir regiões de CEPs de três ou cinco dígitos. Dessa forma, a representação da observação em um espaço geográfico não pode ser dada deterministicamente como um ponto. A confidencialidade da informação do entrevistado, necessária em algumas pesquisas, muitas vezes colabora para que isso aconteça.

Normalmente isso não representa um problema quando precisamos simplesmente espacializar a informação para a produção de mapas temáticos. É comum realizarmos uma série de entrevistas em uma determinada região, a partir de um planejamento amostral que garanta que aquele número de entrevistas realmente a represente, e depois utilizarmos os resultados sumarizados (por exemplo, média de satisfação) para termos uma informação agregada para a região. Assim, o que estamos mapeando é a região, e não o entrevistado diretamente.

Muitos dados secundários, oriundos de pesquisas sistemáticas do IBGE (PNAD e POF, por exemplo) ou de outros institutos, são representativos de municípios ou regiões metropolitanas do país. No entanto, em seus bancos de dados é fornecida a informação da área de ponderação (conjunto de setores censitários), ou do distrito em que reside o entrevistado, mesmo que esse conjunto de entrevistas não seja representativo da região. Já o Censo Demográfico 2000 do IBGE disponibiliza em sua pesquisa da amostra um banco de dados representativo dessas áreas, conforme discutimos nas edições 43 e 47 da InfoGEO.

O processo de geocodificação, descrito anteriormente, pode se dar em níveis diferentes, e normalmente apenas o endereço completo ou CEP de 8 dígitos está vinculado a um ponto. Os demais níveis são áreas ou polígonos (municípios, distritos, setores postais). A figura abaixo mostra essa hierarquia geográfica. Dependendo da necessidade de mapeamento, saber que determinada entrevista foi realizada em um distrito ou município ou setor postal pode ser mais do que suficiente.

Níveis de Geocodificação
Níveis de Geocodificação

Um pouco mais além: pesquisas e geoestatística

Mesmo que estejamos espacializando dados de pesquisas utilizando regiões de localização, é comum associarmos essas observações a pontos – normalmente aos centróides dos polígonos que descrevem a observação. Assim, se tivermos mais de uma observação coletada por região (o que é muitíssimo comum), acabamos por ter várias observações situadas em um mesmo ponto – o centróide da região pesquisada.

Isso pode representar um problema se estamos pensando em utilizar técnicas de estatística espacial. Muitos modelos tradicionais, como o Spatial Auto-Regressive model (SAR), não permitem que tenhamos duas observações em um mesmo ponto. Outros modelos, como o Geographically Weighted Regression (GWR), associam pesos máximos para as observações de mesma localização, e pesos zerados para observações situadas em distritos relativamente distantes para suas amostras locais – o que, na verdade, não parece ser uma ponderação razoável e realística. Em outras palavras, quando simplificamos nossa representação espacial, associando várias observações a um mesmo ponto (centróide), passamos a tratá-los, todos, como situados no mesmo endereço, o que não representa, obviamente, a realidade.

Associação de pesquisas aos centróides de regiões
Associação de pesquisas aos centróides das regiões

Por conta do isso, algumas técnicas de alocação de pontos podem ser alternativas para o uso simples dos centróides. Este estudo foi denominado Point Allocation Inside Polygons, com alguns resultados apresentados no Colóquio de Geoinformação SIRC 2007, na Nova Zelândia.

Uma primeira alternativa de alocação de pontos é a mais intuitiva: aleatoriamente dentro do polígono. Uma segunda, mais sofisticada, leva em consideração informações que sabemos a priori sobre a região: a distribuição de densidade populacional, ou de domicílios, por exemplo. O interessante desta última abordagem é que essas informações normalmente estão disponíveis a todos, a custos baixos ou inexistentes. Se estamos buscando distribuir entrevistas realizadas dentro de um município, conhecemos, pelo Censo Demográfico do IBGE, a distribuição de domicílios dos setores censitários do município. Setores com mais domicílios têm mais chances de serem sorteados para uma pesquisa.

Alocação de pontos dentro de polígonos

Alternativa na alocação de pontos dentro de polígonos

Alocação de pontos dentro de polígonos

Se sabemos como foi o processo de distribuição amostral da pesquisa, melhor ainda. Podemos excluir áreas rurais ou até tentar reproduzir o processo de estratificação por distritos e sorteio dos setores censitários que terão entrevistas. O conhecimento da localização de lagos, reservas florestais e outros elementos naturais ajuda nesse processo, pois certamente não teremos entrevistas nesses locais.

As alternativas de alocação podem se sofisticar ainda mais, a partir das próprias informações da pesquisa. Outros aspectos sócio-econômico-demográficos, coletados durante as entrevistas, podem servir de base para outros modelos de distribuição. Isso sem dúvida torna o processo de alocação aleatório de pontos bem mais complexo.

Tudo isso pode estar simplesmente adicionando “ruído” aos dados, uma vez que estamos “sugerindo” localizações para os pontos dentro das áreas, ao invés de simplesmente colocá-los em uma posição central. O ideal é que essa técnica venha acompanhada de um processo exaustivo de iteração, repetição da alocação, e que os resultados finais sejam sumários dessa aplicação repetida.

Vejam a seguir uma análise realizada com dados da Pesquisa Abradee 2004 de Satisfação do Cliente Residencial, tradicional do setor elétrico, aplicada no município de São Paulo com 662 entrevistas realizadas em 75 dos 96 distritos da cidade. O estudo buscava medir o quanto o consumo de energia elétrica explica a renda domiciliar, através de modelos estatísticos de regressão. Utilizando técnicas tradicionais (regressão linear), foram obtidos 19,8% de explicação, o que é um valor relativamente baixo. Através do uso da técnica GWR, alocando as entrevistas nos centróides de distritos, esse valor sobe para 45,4%, um número bem mais alto. Porém, quando utilizamos GWR alocando os pontos através das alternativas 1 (totalmente aleatória) e 2 (baseada na concentração de domicílios), os modelos foram processados mil vezes para cada distribuição de pontos, e foram obtidos os seguintes valores médios para o coeficiente de explicação: ele cai para 39,4% e 40,3%, respectivos às alternativas, com um desvio padrão de 3,0% a 3,2%.

Os valores são mais baixos, mas são mais realísticos! A conclusão que podemos chegar é que o GWR, aplicado a pesquisas de campos da forma mais usual, (centróides) fornece resultados que devem ser vistos com certa desconfiança, uma vez que muitas das entrevistas realizadas não foram feitas no ponto central das regiões pesquisadas. Os resultados com a técnica de alocação de pontos parecem ser bem mais factíveis.

Independentemente da sofisticação que busquemos no uso espacializado de pesquisas de campo, é importante sempre termos em mente que o mapeamento dessas informações trará um benefício maior do que tabelas e gráficos estatísticos, apoiando tomadas de decisão e auxiliando programas de gestão. Afinal, um mapa vale mais do que mil palavras.


Eduardo de Rezende Francisco
Mestre e doutorando em administração de empresas pela FGV-Eaesp
Bacharel em Ciência da Computação pelo IME-USP
Atua em GIS, business intelligence, pesquisas de mercado e estratégias de marketing na AES Eletropaulo
Consultor em geomarketing, geoestatística e microcrédito
Presidente da Gita Brasil (www.gita.org.br)