quarta-feira, fevereiro 25, 2009
Concursos para Professor da UNIRIO
Estarão abertas as inscrições, no prazo de 40 (quarenta) dias a contar da publicação do presente Edital no Diário Oficial da União, para os Concursos Públicos de Títulos e Provas nas Áreas de Conhecimento/ Disciplinas, abaixo relacionadas:
2- Centro de Ciências Humanas e Sociais - Inscrição: Protocolodo CCH - Av. Pasteur, nº 458 (fundos) -Urca, de 09 às 11h, e15 às 17h.Fone: 2542-1387.
2.1- Departamento de Didática
Classe: Professor Assistente, nível 1(01 vaga)
Reg.Trabalho: 40 horas semanais.
Remuneração: R$ 2.718,38
Valor da taxa de inscrição: R$ 44,00
Área/Disciplina: Didática/Ensino de Geografia
Exigência: Graduação em Licenciatura em Geografia ou Ciências Sociais. Mestrado em Educação ou áreas afins ao Ensino de Geografia ou Ciências Sociais. Experiência no Ensino de Geografia no EnsinoFundamental e/ou no Ensino Médio.
Classe: Professor Adjunto, nível 1 (01 vaga)
Reg. Trabalho: Dedicação Exclusiva
Remuneração: R$ 6.497,04
Valor da Taxa de Inscrição: R$ 162,00
Área/Disciplina: Metodologias Didáticas
Exigência: Graduação: Licenciaturas nas diferentes áreas de conhecimento da Educação Básica. Mestrado em Educação ou em uma das diferentes áreas de conhecimento da Educação Básica. Doutorado em Educação ou em uma das diferentes áreas de conhecimento da Educação Básica. Experiência em docência ou áreas afins na Escola de Educação Básica.
2.2- Departamento de Fundamentos da Educação
Classe: Professor Adjunto, nível 1 (01 vaga)
Reg. Trabalho: Dedicação Exclusiva
Remuneração: R$ 6.497,04
Valor da Taxa de Inscrição: R$ 162,00
Área/Disciplina: Gestão EscolarExigência: Graduação: Pedagogia, ou áreas afins das Ciências Humanas.Doutorado em Educação.
Classe: Professor Adjunto, nível 1 (01 vaga)
Reg. Trabalho: Dedicação Exclusiva
Remuneração: R$ 6.497,04
Valor da Taxa de Inscrição: R$ 162,00
Área/Disciplina: Dinâmica e Organização Escolar
Exigência: Graduação: Pedagogia, ou áreas afins das Ciências Humanas.Doutorado em Educação.
2.6- Departamento de Filosofia e Ciências Sociais
Classe: Professor Assistente (03 vagas)
Reg. Trabalho: Dedicação Exclusiva
Remuneração: R$ 4.000,82
Valor da Taxa de Inscrição: R$ 100,00
Área/Disciplina: Métodos e Técnicas de Pesquisa/Comunicaçã o Científica
Exigência: Graduação: Ciências Sociais e/ou áreas afins das Ciências Humanas, ou Letras ou Artes. Mestrado: Memória Social e/ou áreas afins das Ciências Humanas. Experiência Profissional em docência do Ensino Superior de no mínimo um ano na área do Concurso, e participação em grupos de pesquisa cadastrados no CNPq, com declarações comprobatórias. Curriculum vitae comprovado.
3- Centro de Ciências Biológicas e da Saúde - Inscrição:Protocolo do CCBS- Rua Silva Ramos, 32, Tijuca (fundos do HUGG), de 9 às 16 h.Fone: 2264-6406
3.1- Departamento de Ciências Naturais
Classe: Professor Adjunto, nível 1 (01 vaga)
Reg. Trabalho: Dedicação Exclusiva
Remuneração: R$ 6.497,04
Valor da Taxa de Inscrição: R$ 162,00
Área/Disciplina: Geoprocessamento
Exigência: Graduação em Geologia, Geografia e áreas afins. Mestrado e Doutorado em Geologia.
O Edital completo está disponível em http://www.unirio.br/
Fonte: DOU de 18/02/2009, Seção 3, p.37-38
Oportunidade de Estágio em SP
Pré-requisitos e habilidades exigidas:
- Não estar no 1º ou último ano da graduação;
- Conhecimento aprofundado em Cartografia e Geoprocessamento;
- Conhecimento aprofundado em AutoCadMap e MapInfo;
- Noções de Maptitude, SPRING e TerraView;
- Disponibilidade para Trabalhos de Campo em tempo integral;
- Afinidade com levantamentos cadastrais em terrenos precários na periferia da cidade, zona rural e florestas- Manuseio de GPS
Os candidatos selecionados para entrevista, serão submetidos a uma avaliação prática e escrita de conhecimento.
Conhecimentos exigidos:
- Leitura e entendimento de documentos cartorias e fundiários precários (matrículas, escrituras, mapas, plantas, etc.);
- Afinidade com Estudos Ambientais Urbanos;
- Afinidade com Análises Integradas de Meio Físico e Social;
- Conhecimento de estratégias de desenvolvimento sustentável;- SNUC;
- Plano Diretor de SP;
- Estatuto da Cidade;
- Código Florestal;
- Código de Obras de SP.
Dinâmica do estágio:
- Levantamento Fundiário e delimitação em SIG, utilizando coordenadas, azimuts e distâncias;
- Levantamento Cadastral de benfeitorias e culturas;
- Mapeamento temático de áreas;
- Banco de Dados Geográfico em SIG;
- Manuseio de GPS topográfico submétrico, cartas topográficas e fotografias aéreas;
- Apoio na elaboração de laudos e justificativas para criação de parques urbanos, lineares e outras áreas protegidas apoiando-se na legislação vigente (SNUC, Plano Diretor, Código Florestal, etc.) e conhecimento técnico-científico;
Bolsa-Auxílio e Benefícios:
- Bolsa-Auxílio: R$ 500,00;
- Auxílio Transporte
- Carga-Horária: 20 horas semanais
- Férias
Interessados deverão enviar curriculo-vitae para: rodrigomartins@prefeitura.sp.gov.br Serão convocados para entrevistas e avaliações apenas os currículos selecionados.
segunda-feira, fevereiro 16, 2009
Geo-inteligência: Geomarketing é utilizado para sair da crise mais forte
Tão certo quanto o mundo girar todos os dias é o fato de toda economia alternar bons e maus momentos ao longo do tempo. Parece surpreendente, portanto, que sempre que as coisas começam a ir mal, tanta gente reaja como se não soubesse que um dia tudo voltará a ir bem. O problema é que, ainda que saibamos da temporalidade das adversidades, não sabemos ao certo quando exatamente as coisas começarão a melhorar, nem tampouco em que condições atravessaremos a tempestade.
Por isso, em momentos de crise a reação instintiva da maioria das empresas é fortalecer seus caixas através do corte de gastos considerados ineficazes e de investimentos com retornos de longo prazo ou de difícil previsão. E como ficam os investimentos em inteligência mercadológica, e particularmente, em geomarketing? São considerados arriscados demais e colocados em standby, ou vistos como essenciais na busca de eficiência e melhores resultados?
Minha experiência sugere que, na prática, a resposta varia de empresa para empresa, e de caso em caso. Porém, a segunda opção possui um apelo lógico mais contundente. Se atravessar adversidades é sempre difícil, sem inteligência só pode ser mais difícil ainda. A informação certa pode trazer também uma valiosa vantagem competitiva, pois ajuda a identificar as oportunidades que inevitavelmente sempre surgem das crises antes dos concorrentes.
O geomarketing é bastante lembrado como uma ferramenta voltada para expansão, portanto, aliada aos momentos de crescimento e prosperidade. Porém, essa visão é claramente incompleta. O geomarketing oferece recursos igualmente poderosos para aqueles preocupados em conservarem ou fortalecerem suas posições nos momentos de difíceis, como ilustrados pelos exemplos abaixo citados.
1. Otimização de territórios e rotas de venda ou promotores
Empresas de bens de consumo enfrentam desperdícios significativos por não definirem regiões de vendas e rotas dos vendedores e promotores que considerem a natureza e potencial de seus mercados. Através de métodos geomercadológicos, pode-se medir o potencial dos mercados em nível micro-regional. Ao aliar esta informação ao plano geográfico, incluindo vias de acesso e transporte, pode-se otimizar rotas e estratégias de gestão e cobertura de mercados.
2. Otimização de redes de pontos de contato (PoC)
Empresas que distribuem seus produtos ou serviços através de redes de pontos de contato (varejo, bancos, financeiras, etc.) melhoraram significativamente seus resultados ao otimizar posicionamento de seus PoCs, garantindo que seus recursos estão alocados do modo mais eficiente e adequado ao seu momento estratégico da empresa.
3. Diminuição no tempo de break-even na abertura de um novo ponto de venda (PoV)
Mesmo em tempos recessivos, empresas abrem novos pontos de vendas, ainda que somente para reposicionar seus serviços. A correta análise geomercadológica ajuda a diminuir significativamente o tempo de break-even das novas unidades.
4. Aumento de retorno em ações de venda direta
O geomarketing também pode ser usado para aumentar o grau de conhecimento dos clientes atuais ou de residentes com potencial para tornar-se clientes. Através da identificação das áreas de maior potencial, é possível qualificar uma ação de comunicação direta, sem que seja necessária a aquisição de listas de prospects (mailing), que são sempre tão caras. E ao saber o local de residência de um cliente atual, é possível inferir seu potencial econômico.
Vamos mapear o Brasil? Conheça as tecnologias que podem acabar com o vazio cartográfico no país
A empresa entra em uma concorrência pública de uma grande obra do Programa de Aceleração do Crescimento(PAC), e busca por mapas atualizados da região para verificar as condições locais. Como eles não existem ou são muito antigos, é preciso enviar uma equipe ao campo para executar um levantamento preliminar. Depois de ganhar a licitação, a companhia usa uma parte da verba destinada à obra para fazer a cartografia precisa. A poucos quilômetros dali, uma empresa diferente faz o mesmo para atender um cliente privado. Ambas não sabem que, há poucos meses, uma terceira empresa da área de geomática fez um aerolevantamento e está prestes a entregar um mapa do local.
O fato é fictício, mas situações semelhantes ou até mais complicadas acontecem em todo o Brasil devido à falta de uma base de dados atualizada sobre a produção cartográfica no país. As empresas nacionais de geoprocessamento já dispõem da mais alta tecnologia para mapeamento, e estão constantemente produzindo base cartográfica, porém a falta de uma política pública unificada para todo o território e de um repositório de mapas gera sobreposição de projetos e retrabalho, com prejuízo para toda a sociedade.
Com o decreto que instituiu a Infra-estrutura Nacional de Dados Espaciais (INDE), assinado no final de novembro, o governo sinalizou que está trabalhando para a padronização de dados e o compartilhamento de informações geoespaciais na esfera pública. Da mesma forma, a iniciativa privada tem agora um padrão que pode ser seguido para a produção, modelagem, armazenamento e distribuição dos dados cartográficos.
Em um passado não muito recente, a instituição responsável pela produção de cartografia no país era o Exército, através da Diretoria de Serviço Geográfico (DSG). Porém, devido às dimensões continentais do Brasil e o avanço cada vez mais rápido das tecnologias de mapeamento, estados, municípios e a própria iniciativa privada passaram a produzir suas próprias bases cartográficas, com diferentes tecnologias e processos. Organizar essa geléia geral é o desafio para os próximos anos.
Vamos mapear o Brasil?
O movimento “Vamos mapear o Brasil” começou no portal MundoGEO e nas revistas InfoGEO e InfoGNSS Geomática, com o objetivo de fomentar a discussão sobre a falta de mapas atualizados no país e os malefícios desse vazio cartográfico. O termo “vazio cartográfico” é usado constantemente quando se fala no mapa do Brasil, e a própria Comissão Nacional de Cartografia (Concar) informa em seu site que o país tem pouco mais que 1% do seu território mapeado na escala 1:25.000. No entanto, talvez o melhor termo fosse “caos cartográfico”, já que faltam dados atualizados e unificados sobre a produção de base no país. A pergunta que se faz é: onde estão os mapas?
Não há dúvida que muito mais do que 1% do país está mapeado em escala igual ou melhor do que 1:25.000. Estados, municípios e grandes empresas privadas têm feito, nos últimos anos, um grande esforço para mapear regiões e tocar seus projetos, mesmo que essa produção não seja padronizada e, na maioria das vezes, não seja feita a divulgação sobre a realização e a disponibilidade das bases cartográficas. As próprias empresas da área de geoprocessamento têm em seus acervos mapas vetoriais e imagens raster de várias porções do Brasil, com a possibilidade de atualização de mapas pré-existentes a um custo bem mais baixo do que começar tudo do zero.
Para Adriano Barreto Huguet, diretor da empresa HGT, a solução para o mapeamento do Brasil é “a obtenção e utilização em massa de cartografia básica de precisão constantemente atualizada, servindo como referência e base única para mapeamentos e investimentos sobre nosso território”. Segundo Antonio Cobo Neto, diretor da empresa Base Aerofotogrametria, “com aproximadamente 90 milhões de reais anuais poderíamos mapear o Brasil em menos de 10 anos, além de gerar e manter a cultura de atualização cartográfica”.
Como o Brasil tem realidades muito distintas, as tecnologias também podem variar ao longo do território. A Floresta Amazônica, por exemplo, não precisa de um nível de detalhamento igual ao mapeamento da Avenida Paulista. A forma de executar a coleta de dados também é completamente diferente nos dois casos. Veja a seguir algumas das tecnologias disponíveis para a produção de base cartográfica em larga escala.
Aerolevantamento
Essa é a forma mais tradicional de produção de base cartográfica, através do sobrevôo de uma grande área e posterior restituição em escritório. As aeronaves podem variar entre aviões, helicópteros, ultra-leves e balões, e até mesmo veículos não transportados já vêm sendo testados nessa tarefa.
Nos Estados Unidos, essa tecnologia é usada pela iniciativa privada para mapear 20% do território a cada ano, sendo que a cada cinco anos todo o país está atualizado. Assim, parte da produção ociosa das empresas é aproveitada para o projeto de atualização cartográfica. Segundo Adriano Hughet, “a HGT trabalha atualmente com apenas 8% de sua capacidade instalada. A fim de resolver esse problema temos trabalhado junto a empresas de aerolevantamento e órgãos públicos de geociências no sentido de validar e executar grande volume de mapeamentos sistemáticos de precisão”.
A diferença tecnológica fica por conta do sensor embarcado na aeronave, que pode ser analógico, digital, radar ou laser. Os sensores analógicos e digitais são passivos, ou seja, captam a radiação do espectro eletromagnético e as registram em filmes fotográficos ou matrizes de pixels. Já os sensores radar e laser são ativos, pois emitem uma espécie de radiação e registram a informação que interage com a superfície e volta para o aparelho de coleta de dados.
Sensores analógicos e digitais podem ser usados em áreas urbanas e rurais, com nível de detalhamento que pode chegar a poucos centímetros. Já o radar é indicado para locais como a Floresta Amazônica, por exemplo, pois tem a capacidade de mapear a superfície mesmo com grande quantidade de nuvens e cobertura vegetal. O laser, que faz um escaneamento de uma área, cria “nuvens” tridimensionais de pontos, sendo ideal para áreas acidentadas ou no interior de cidades.
Segundo Wagner Pacífico, diretor da empresa Multispectral, “imagens aéreas periódicas, de acordo com o índice de desatualização de cada região, combinadas com levantamento de campo especializado, deve ser a melhor solução para atualizar ruas de cidades”. Já para Renato Asinelli Filho, diretor de aerolevantamentos da empresa Engefoto, “não se pode adotar uma solução técnica única para o mapeamento de todo o nosso território. Há de se levar em consideração as características de cada região, avaliando fatores como o tipo de ocupação, intensidade da atividade econômica e climatologia. Para a elaboração de produtos em escalas 1:25.000 ou maiores, as técnicas de aerolevantamentos são as que resultariam na melhor relação custo benefício. Para escalas menores as imagens orbitais apresentariam, em tese, maiores vantagens”.
Sensores Orbitais
Com a resolução espacial e a precisão no posicionamento cada vez melhores, os satélites de Observação da Terra passam a ser vistos com maior interesse, não só para aplicações ambientais ou de agronegócio, mas também para a produção de cartografia. A resolução espacial, que é o nível de detalhamento em solo, já rompeu a barreira do meio-metro por pixel e deve ser ainda melhor com os próximos lançamentos de satélites. A precisão, por outro lado, refere-se à qualidade da coordenada geográfica apresentada na imagem, que pode chegar a poucos metros mesmo sem pontos de controle em solo.
Assim como os sensores aerotransportados, os satélites também carregam equipamentos de coleta de dados que podem ser ativos ou passivos. Os passivos recebem o espectro eletromagnético, dividido em bandas, e registram as informações em matrizes de pixels. Já os sensores ativos, como por exemplo o radar, enviam a radiação em direção à Terra e registram os dados provenientes da interação com a superfície. Os dados dos satélites de Observação da Terra são baixados por estações de recepção em solo, quando os mesmos passam sobre elas, e então enviados para os escritórios de processamento e distribuição de imagens.
Para João Moreira Neto, diretor da empresa Orbisat, a geração e atualização de mapas topográficos no Brasil poderia ser feita através de “mapeamento por radar aerotransportado para levantar os modelos digitais de terreno e de superfície, além das ortoimagens em bandas distintas, complementando com a reambulação para levantamento da toponímia e simbologia. A complementação seria feita com imagens óticas satelitais para as regiões rurais e florestais, com resolução de 5 metros para a região norte e 2,5 metros para a região sul. Todas as imagens satelitais teriam um ortorretifição utilizando a ortoimagem radar para a busca de pontos de controle e o modelo digital de superfície para a projeção no sistema cartográfico, com adição de objetos na base de dados já formada pelo radar”.
Neogeografia
Apesar de ser um conceito muito recente e ainda causar calafrios nos cartógrafos mais tradicionais, o termo “neogeografia” ganhou corpo na comunidade internacional. A Web 2.0 e o Google Earth criaram uma onda de colaboração e entusiasmo na área geoespacial, com usuários leigos produzindo informações e conteúdos georreferenciados. Esforços como o OpenStreetMap e a Wikimapia têm o ambicioso projeto de “descrever o mundo” contando com a ajuda da comunidade global.
Ainda há muito o que avançar nessa área. A produção de metadados - informações detalhadas sobre os dados cartográficos - e o controle de qualidade ainda estão longe de serem confiáveis, porém, assim como a Wikipedia é constantemente atualizada e corrigida pela comunidade, a GeoWeb cria um processo vivo de eterna produção/atualização/correção de conteúdo geográfico.
Qual o mapa que o Brasil precisa?
Este foi o tema de um debate que aconteceu no primeiro dia do GEO Summit Latin America – Congresso e Feira Internacional de Geoinformação, realizado em São Paulo neste ano. Representantes do IBGE, Incra, Inpe, governo federal e iniciativa privada estiveram juntos no principal auditório do congresso, em horário nobre, para discutir qual é o tipo de cartografia que o nosso país realmente precisa.
Moderado por Emerson Zanon Granemann, diretor e publisher da MundoGEO, o debate levantou questões espinhosas sobre os planos para organizar o mapeamento no Brasil, a necessidade ou não de cartografia sistemática convencional e, principalmente, a implantação da INDE. Não se chegou a um consenso sobre a questão, mas não houve dúvida quanto à necessidade e os benefícios de base cartográfica de qualidade, atualizada e amplamente acessível para o avanço da nação.
Sobre esse assunto, João Moreira Neto afirma que “poderíamos dividir o Brasil em duas partes: a região norte e a sul. A região norte seria mapeada na escala 1:50.000 e a sul na 1:25.000. Em termos de modelo de terreno, deveríamos ter uma precisão de altura de 2,5 metros para a região sul.Para as regiões urbanas deveríamos ter a escala de 1:5.000”.
A idéia de que a produção de base cartográfica é uma atribuição exclusiva do governo já é ultrapassada e totalmente incompatível com o momento e com o avanço tecnológico atual. O ritmo da máquina do Estado é diferente da iniciativa privada, que precisa de agilidade para cumprir prazos e realizar projetos. O papel do governo é criar o ambiente propício para o crescimento econômico, e conseqüentemente para o aumento de projetos e de empregos.
Segundo Wagner Pacífico, “os órgãos do governo estão querendo criar projetos de mapeamento quando já existe todo um mercado de empresas que atendem às demandas nacionais, sejam públicas ou privadas. Portanto, esses órgãos precisam concentrar seus esforços em facilitar a vida desse mercado, e não em criar um mercado paralelo”.
Nesse mesmo sentido, Renato Asinelli Filho afirma que “nos quesitos detectar demandas e planejamento, a Concar desempenha bem. Ações como a consolidação da Mapoteca Nacional Digital e a instituição de INDE são evidências desta assertiva. Por outro lado, penso que deveríamos avançar mais rapidamente no que se refere ao estabelecimento de especificações e validação de serviços. Acredito fortemente que tal estratégia ampliaria em muito a capacidade produtiva do parque nacional e que os produtos finais teriam um menor custo para a nação”.
Já para Adriano Hughet, “o momento atual do Brasil exige que sejamos ambiciosos, com a criação e utilização de bases únicas. O Governo Federal deveria ser responsável por manter uma cartografia básica (ortofotos e modelos altimétricos), constantemente atualizada em escala 1:25.000, sobre todo o seu território, para uso dos governos estaduais. Estes deveriam ser responsáveis pela atualização constante na escala 1:10.000 para uso dos governos municipais, os quais deveriam ser responsáveis por escalas melhores que 1:5.000 para uso próprio, de investidores e pequenos empresários”.
Parcerias público-privadas, como a firmada recentemente entre o governo do Rio Grande do Sul e a empresa Base para produção de cartografia de todo o Estado, são exemplos de como o aproveitamento da capacidade ociosa pode ser aliado com a necessidade de mapas para a atualização cartográfica de uma grande região.
Com a implementação da INDE, o poder público dá um grande passo para a padronização e para o compartilhamento de suas informações geoespaciais e, mais importante, define um norte para a iniciativa privada seguir, já que mostra como os dados devem ser coletados, modelados, armazenados e distribuídos, gerando economia e otimizando os recursos. A sociedade agradece.
Veja a íntegra das entrevistas com Wagner Pacífico, Renato Asinelli Filho, Antonio Cobbo Neto, João Moreira Neto e Adriano Hughet; e o texto do decreto que instituiu a Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais.
Matéria de Capa InfoGEO - Edição 55
Por Eduardo Freitas Oliveira e Gustavo Ribeiro
Nigeriano é referência na discussão sobre clima
terça-feira, fevereiro 10, 2009
Será realmente o Estado o elemento Letárgico da Educação: Metade dos docentes que zeraram em prova darão aula
quinta-feira, fevereiro 05, 2009
SIMPÓSIOS DE GEOGRAFIA
I SIMPÓSIO NACIONAL DE GEOGRAFIA POLÍTICA, TERRITÓRIOE PODER
Realizar-se-áno período de 01 a 04 de junho de 2009, na sede do Centro UniversitárioCuritiba (UNICURITIBA)
RESUMOS ATÉ 26 DE FEVEREIRODE 2009 - http://www.unicurit iba.edu.br/ simposio/
2º SIMPÓSIO NACIONAL O RURAL E O URBANO NO BRASIL
Rio de Janeiro de 27 a 29 de maio de 2009.
Envio dos resumos: até01/03/09 - http://www.anpege. org.br/
10ºENCONTROS NACIONAIS DE PRÁTICAS DE ENSINO EM GEOGRAFIA - ENPEG
30, 31 de agosto e 01 e 02 de setembro de 2009, serárealizado em Porto Alegre/RS
Resumos até o dia 31 de maio de 2009 http://www.ufrgs. br/faced/ enpeg/
XIIISIMPÓSIO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA FÍSICA APLICADA
Viçosa/MG de 06 a 10 de julho de 2009
Resumos até 13/03/2009 http://www.geo. ufv.br/simposio/
I COLÓQUIO INTERNACIONAL SOBREDESENVOLVIMENTO LOCAL E SUSTENTABILIDADE
15 a 17 de abril 2009 , São Luis/MA
Trabalhosaté 15/03/2009 - http://www.uema. br/
VIII Encontro Nacional e I Encontro Internacional com o Pensamento deMilton Santos.
13 a 15 de maio, Natal/RN
Trabalhos ate 30 de março de 2009 - http://www.cchla. ufrn.br/geoesp/ milton/index. html
I Congresso Nacional de Educação AmbientalIII Encontro Nordestino de Biogeografia
JoãoPessoa, 10 a 13 de junho de 2009
Trabalhosaté 15 de maio de 2009 - http://www.gsplanej amento.com
X ENCONTRO REGIONAL DE ESTUDOSGEOGRÁFICOS - X EREG
CAMPINA GRANDE/PB - 22 A 25 DE JULHO