quarta-feira, janeiro 28, 2009

Geografia Unifieo é destaque no Jornal do Ônibus: reportagem sobre as varias facetas do curso de geografia destaca novos campos de atuação do geógrafo

Como todos sabem existe uma imagem advinda do senso comum a respeito da geografia: disciplina decoreba que só tem lugar na sala de aula. A questão que muitos professores de geografia enfrentam cotidianamente é: para que serve a geografia. Por muitas décadas o senso comum quase esteve certo a respeito da finalidade da geografia (decoreba que serve para sala de aula somente) exceto pelas honrosas contribuições de muitos geógrafos acadêmicos.

No entanto, estas honrosas exceções nunca tiveram a oportunidade (ou a capacidade) de levar ao grande público esta geografia que vai além da sala de aula. Uma das tentativas bem sucedidas de responder essa questão foi do geógrafo Yves Lacost que escreveu um livro intitulado “A geografia – isso serve, em primeiro lugar, para fazer a guerra”. Apesar da finalidade não muito educativo o autor teve relativo sucesso em responder a questão que atormentava os alunos e deixava professores de geografia inquietos. Estes sempre responderam com frases evasivas do tipo “a geografia é ampla e abarca inúmeras áreas, não dá para resumir ela a uma única finalidade”. De fato, é verdade, mas ao menos uma finalidade poderia ser mais clara para dar esta resposta a contento para os alunos.

Quando o repórter Daniel Santos, do Jornal do Ônibus (
http://www.jornaldotrem.com.br/home.php) me procurou ele estava imbuído deste senso comum. A reportagem versa sobre os cursos menos concorridos da fuvest dos quais a geografia teve a maior queda neste ano de 2008. Na entrevista procurei mostrar como a geografia esta evoluindo e se mesclando com outros setores como a informática, internet e o marketing criando um novo mercado para o chamado geomarketing.
É um ramo novo e dinâmico da geografia que ainda é muito pouco explorado pelos cursos de geografia que, por seu viés de esquerda politizada, não se interessam muito pelos setores privados da economia. No entanto, o curso de geografia do Unifieo esta atento a estas novas demandas de mercado. O ateliê de cartografia oferece já, em pequena escala ainda, uma serie de cursos sobre geoprocessamento que é a porta de entrada para as chamadas geotecnologias.

Veja a matéria completa sobre geotecnologias: geotecnologias

As novas geotecnologias estão abrindo um campo enorme de trabalho. Estas novas geotecnologias não são algo estranho para a geografia porque o nosso maior ícone falou sobre isso: Milton Santos. Ele falou sobre as novas técnicas, as redes sociais, as redes técnicas, o local, o global, a região, o território e as novas tecnologias que iriam impulsionar um novo ramo do capitalismo. Isso tudo esta no livro “A Natureza do Espaço” que vai ser objeto de estudo nosso no departamento de geografia aqui do Unifieo. Vamos formar grupos de estudo para analisar estes livros com um a visão de mercado!

O trabalho que hoje estou desenvolvendo para o Unifieo, na condição de geógrafo, é referente a um trabalho de PIBIC a respeito das novas perspectivas do geomarketing aplicado as redes sociais. O projeto foi visto com seriedade pela direção da universidade e fui contratado para desenvolver o mesmo. Isso vai acontecer com mais freqüência daqui para frente porque este (geomarketing) é um ramos que trabalho com dados e fatos baseados na região e no território.



Baixe a matéria completa: Reportagem Jornal do Ônibus

2 comentários:

  1. Esse Ubiratan é muito chato. Parece que ele está usando o blog que é para os outros alunos e professores somente para fazer comercial dos seus feitos. E o papel da fieo então... contratou o cara só para ele coordenar um blog??? tantos trabalhos de pibic bons para a fieo convidar o aluno à trabalhar na faculdade, investir em pesquisa, conceder uma bolsa de pelo menos 50 reais para o aluno conseguir pesquisar...sem comentários! a coordenação do curso de geografia tem hora que me assusta com alguns feitos. Por que não pega o $ que vai gastar com o salário dele e não investe em pesquisa, subsidiando outros alunos que possuem trabalhos tão bons quanto? Agora acaba privilegiando somente um! Só resta a fieo e ao seu cursinho de geografia desestimular assim a iniciação a pesquisa. Apesar do pibic e da pesquisa em geografia aumentar nos ultimos anos, com essa contratação e essa política de conceder privilégios a apenas a alguns, ou melhor, a um, uma hora a ficha dos alunos vai cair e adeus pesquisa. adeus fieo ganhar dinheiro com a pesquisa de pobres e necessitados alunos.

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  2. A questão do anônimo foi bem colocada!

    É uma excelente oportunidade para esclarecer alguns pontos a respeito da importância dos projetos de Pibic. O meu projeto de Pibic, intitulado "A geoestratégia das universidades: região, tecnologia e redes sociais" foi direcionado sabiamente pelo Professor Ricardo Mendes para a realidade regional e local. Como todos os interessados do semestre passado, eu participei daquele multirão que os professores fizeram para orientar projetos de PIBIC.

    O meu projeto, que esta disponível na integra para todos neste blog, foi feito para estudar o case da concorrência entre universidades na região oeste da cidade com base nos conceitos de região, técnica e redes (conceitos de Milton Santos). Obviamente isso incluiu o Unifieo. Daí o interesse da instituição pelo projeto. Mas, não foi só isso.

    O projeto não é somente um "blog", mas é um conjunto de ações e ferramentas de geomarketing. Não fui contratado não para fazer um blog (isso qualquer adolescente faz), mas para desenvolver ações de geomarketing (adolescente pode fazer também, mas tem que manjar um pouco de geografia das técnicas).

    O blog é o meio pelo qual a ação geográfica se dá. O blog é um gerador de dados. Ele vai gerar mapas estatísticos (dados estatísticos, dados cartográficos) que ajudaram na decisão dos coordenadores em fazer um curso de extensão ou uma pós-graduação por exemplo. O blog é um mapa vivo da atividade em rede (atividade espacial) que converge no Unifieo.

    A pró-reitoria entendeu a utilidade prática do projeto daí vem minha contratação para desenvolver o projeto. Isso é um ganho para geografia que sempre é vista como “coisa de sala de aula”. Claro que sou privilegiado em vista desta contração. Isso é um upgrade e tanto para mim, mas essa contração veio pela viabilidade prática do projeto.

    E realmente tem outros tantos bons projetos de Pibic no Unifieo. Mas, a questão é que no dia da apresentação oral (onde a coordenadora do Pibic Professor Dione Lis Martins estava presente e ouviu todas as palestras ressaltando que ela que foi a fonte de minha indicação privilegiada para a direção da instituição) somente 3 alunos se propuseram a apresentar oralmente e explicar seus projetos. Eu fui o único da geografia a apresentar, apesar de não ser o único da geografia a estar no projeto do PIBIC.

    Menos de ¼ fizeram o banner para a Semana Cultural. Alguns não se deram nem o trabalho de aparecer na semana cultural. A questão é que poucos alunos vêem a Pesquisa como uma oportunidade de trabalho e isso dificulta. O meu projeto teve até custos de implementação da proposta. Isso ajudou a pró-reitoria da hora da contratação.

    Quanto a desestimular os alunos acredito que esteja equivocado (a). Creio que quando os alunos entenderem que a pesquisa local focada para prática visando resultados práticos é levada a sério pela instituição eles vão estar levando mais a sério o PIBIC. Há projetos muito bons na instituição.

    Agradeço muito ao professor Ricardo Mendes que me orientou passo a passo na construção de uma proposta prática de Pibic para não ser mais uma pesquisa "abstrata" que representasse apenas "algumas idéias" que eu achasse legal expressar. Pesquisa de Pibic esta muito longe disso.

    Os alunos que quiserem realmente ter uma orientação para a "prática" tem muitos bons professores no Unifieo. Tem que aproveitar isso!
    E é justamente os alunos mais pobres (eu sou o primeiro da lista) é que precisam levar a sério a pesquisa de PIBIC.

    No que ajudaria pagar 50 reais por mês para um aluno de PIBIC? Isso sim desvalorizaria o curso (e não cursinho) de Geografia e levaria os alunos a desistir da pesquisa...

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